Às vezes as coisas simplesmente não saem nada como planeado. Mas se não houver planeamento, a surpresa é sempre garantida. Para o melhor e para o pior.
O café da manhã é sempre igual... |
Passámos a fronteira 410 km depois de ter saído de Lisboa. As primeiras placas indicam Salamanca, e há uns tempos atrás disse ao P que gostava de lá ir. Seria isso? O meu Europe on a Shoestring da LonelyPlanet acompanha-me sempre, e lá comecei a pesquisar (quem começou a viajar de mochila às costas antes da internet sabe bem como um guia de viagem é imprescindível.
Quando começámos a ver a ver a silhueta de Salamanca a desenhar-se ao fundo percebemos logo que a paragem era obrigatória!
O guia dizia que Salamanca é uma cidade para ser explorada a pé, por isso estacionámos o carro junto ao rio (Rio Tormes, afluente do Douro) e fizemos isso mesmo. Entretanto o ambiente entre nós também já estava um bocado melhor (mas ainda não completamente sanado).
O mapa básico que vinha no guia deu para as primeiras orientações, até descobrirmos a Oficina de Turismo, onde nos arranjaram um mapa bem catita. A própria Oficina de Turismo fica num dos pontos turísticos, a Casa de las Conchas (consta que um nobre escondeu moedas de ouro nestas conchas, por isso algumas estão destruidas).
Salamanca é uma cidade espetacular, e merece bem um fim de semana. Fomos às catedrais (a Nueva e a Vieja), Plaza Mayor (conhecem este filme?), várias igrejas e, claro, à Universidade (uma das mais antigas do mundo).
Nas lojas de recuerdos já tinhamos percebido que a rã é um dos símbolos da cidade, mas foi na universidade que percebemos porquê. E aqui vai, em edição exclusiva, a lenda da rã: Salamanca é uma cidade universitária, e diz-se que em altura de exames se o estudante olhasse de frente para a Catedral Nova e descobrisse na fachada a minúscula estátua de uma rã teria aprovação em todos os exames. Claro que houve logo dois coelhos que foram novamente à catedral à cata da dita rã, mas nicles. Ainda bem que não temos exames por agora. Mas lembrámo-nos do Mark. Ele não precisa, mas talvez isto pudesse ser útil ao R...
Entretanto eram horas de jantar, comemos uma Paella num restaurante um bocado turístico mas não muito caro e fomos beber una copa ao Tio Vivo, must em Salamanca.
Já era noite quando saímos da cidade. Como disse atrás, o ambiente entre nós já estava melhor, mas dei logo a entender que quem ia conduzir e decidir o destino não era eu. Mau feitio, eu???
É um sítio lindo aonde eu estive quando fiz o meu Inter-Rail (o único que fiz, já vão muitos anos) e que me levou dali a Madrtid, depois Barcelona, e por aí fora... A Casa das Conchas fez-me lembrar, na época (mas hoje deveria ser igual) a nossa Casa dos Bicos. Não vos passou isso pela cabeça, também?.. Abcs,
ResponderEliminarLOL :D Mau feitio sim... LOL :D Adorei... LOL
ResponderEliminarLOL, uma rã dava sempre jeito. :D Era mais uma certeza. LOL (:
ResponderEliminarAdoro as vossas viagens e a forma como descreves cada pormenor. Dá a sensação de que viajamos com vocês. :)
P.S.: Reparei no detalhe do "café da manhã". ;) Boa, coelhinho.
Adoro-vos.
lots of love ^^
Luís, um inter-rail é uma experiência fantástica e só me martirizo de não ter feito mais. No meu optei por excluir a Península Ibérica em detrimento de lugares mais distantes, e agora tenho de começar a compensar isso. E sim, a Casa das Conchas lembra a Casa dos Bicos, apesar de que gosto mais da nossa.
ResponderEliminarShoes... nem imaginas!
Mark, o 'café da manhã' foi a pensar em ti. No início até me soou mal, mas depois de escrito nem ficou assim tão mau. ;-)
Em Salamanca devem ter-se cruzado com imensos portugueses, que aquilo está cheio de estudantes portugueses lá na Universidade!
ResponderEliminarBem, isto da falta de planeamento é mesmo uma surpresa! E as vossas voltas começam a tornar-se uma agradável surpresa! :)
Ah, e no caminho até Salamanca deveriam ter parado por Ciudad Rodrigo (que até ficava em caminho!). Tería valido muito a pena! Mas também, sem planeamento há coisas que acabam por escapar (é uma das coisas menos boas das aventuras!).
Abraço,
Ikki
Como sabem sou da Covilhã e da Covilhã a Salamanca são cerca de 200 kms. Logo fartei-me de ir a Salamanca (com aquela paragem obrigatória em Ciudad Rodrigo, que o Ikki muito bem assinalou) e é uma cidade muito bela.
ResponderEliminarTem, para mim, a mais bela Plaza Mayor de toda a Espanha.
Ikki, esse é mesmo o point, sem planeamento escapa sempre alguma coisa. Eu até sou um bocado espontâneo, mas em termos de viagens gosto de ter algumas coisas orientadas. Ciudad Rodrigo é um bom exemplo, nunca me lembraria de parar ali, mas agora que andei a pesquisar, foi mesmo pena. Mas haverá mais oportunidades.
ResponderEliminarPinguim: para além do que respondi agora ao Ikki, concordo contigo em relação à Plaza Mayor. Já tinha o bichinho de Salamanca há muito tempo, e quando vi o filme 'Ponto de Mira' decidi pôr Salamanca na minha lista (curiosamente muitos dos destinos das minhas viagens foram influenciados por filmes ou livros). Conheço as 'plazas' de Madrid e Barcelona, mas esta é a mais bonita. E ainda bem que foi com o meu bunnyzinho que descobri isso.