dois coelhos

Esta é a nossa história, dois rapazes destinados um para o outro, que se conheceram quando um tinha 20 anos e o outro 26.
Desde esse dia que a nossa vida mudou para sempre! E vocês são as nossas únicas testemunhas!

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

2012 last words

À semelhança do ano passado, não vamos passar a meia noite juntos. O P vai passar o reveillon com os pais, e eu com o grupo de amigos habitual. Um grupo de amigos fantástico, alguns dos quais eu adoro como irmãos, que conhecem o P, mas que nem sonham (e não está nos planos que venham a saber tão depressa) que namoramos há mais de 3 anos. 

Ainda não foi em 2012 que nos mudámos para uma toca só nossa. A conjuntura não facilita a compra de casa, e de resto essa ainda não foi uma verdadeira prioridade. Porém, em 2013 entrarei nos 30's, e talvez esteja na altura de redefinir prioridades. Será algo a pensar a partir de amanhã. Por enquanto vamos vivendo aqui nesta casa alugada, partilhada com outras pessoas, habitualmente estudantes.

No que respeita a viagens, a minha segunda grande paixão, 2012 foi um ano muito bom. Começámos com a Eurobunny Tour 2, a Barcelona, Berlim, Budapeste e Genebra, depois foi a vez da estupenda Andaluzia (Sevilha, Granada, Córdoba, Málaga, Cadiz) e ainda de ir ao Reino Unido (ou melhor, Gibraltar) e a Marrocos. Em Junho passámos quase uma semana na espetacular Escócia, mas já nessa altura as nossas mentes só pensavam na viagem de três semanas aos Estados Unidos que fizemos no final de Outubro. Antes ainda da epopeia americana passámos uns dias pelo Algarve, não só para fazer praia mas também para conhecer melhor a zona do país em que devo ser mais deficitário.

O próximo ano não será assim, infelizmente. Ainda não será desta que faço o eixo Tailândia - Malásia - Singapura, nem o Trilho Inca no Peru. Há muitos anos que não me lembro de não ter projectos de viagens para o ano seguinte, mas é a situação atual. A ver vamos, como diz o outro.

Desejo a todos um excelente 2013. A parte divertida de andar pela blogosfera não é o que eu escrevo aqui, mas o que leio pelos vossos blogues. Por isso, mantenham-se por cá.

Bunnyhugs!

sábado, 15 de dezembro de 2012

Nova Iorque 2

No segundo dia em Nova Iorque começámos por explorar a zona do Jack, o bairro de Chelsea e a Village. A uns 2 quarteirões (tudo se mede em quarteirões, que basicamente correspondem a cada quadrícula do mapa de Manhattan) da casa do Jack fica a High Line, construída em 1847 com um objetivo totalmente diferente do seu uso atual. Inicialmente era uma via ferroviária elevada, ou seja, uma ponte por onde passavam combóios (que inclusivamente atravessa edifícios) que abasteciam de mercadorias a área do Meatpacking District. Porém, as pressões do lobby dos transportes rodoviários de mercadorias levaram a que a linha fosse desativada, e posteriormente deixada ao abandono. Finalmente, em 1999, numa altura que se falava em demolir a estrutura, um grupo de pessoas conseguiu algo estupendo: não só evitaram a sua demolição como conseguiram transformar estes quase dois quilómetros de ponte... num parque. Já conhecia a história de um documentário do National Geographic (não encontrei esse mas este é igualmente bom), mas ao vivo é muito melhor!









Por todo o lado viam-se dois tipos de decoração: campanha para as eleições e Halloween. Sempre tive curiosidade de perceber como é que  esta tradição tão americana é vivida no seu país de origem (o que nem é verdade, o Halloween tem origem celta). Havia imensas casas decoradas com teias de aranha, vasouras, bruxas, esqueletos e, porta sim porta sim, abóboras.












Fomos andando por Greenwich Village até chegarmos ao número 66 da Perry Street. Fica aqui a foto do que encontrámos lá. Alguém sabe o que é?



Aqui fica um close up para ajudar...



Na esquina desse quarteirão fica a The Magnolia Bakery, que é provavelmente a loja de cupcakes mais famosa do mundo. Não sou grande fã de cupcakes, mas não podiamos evitar comprar ali um, um autêntico cliché.





Mais do que chuva, o vento e frio eram agressivos. Tinha levado sapatilhas porque toda a gente me disse "em Nova Iorque prepara-te para andar", e a maioria do tempo... tinha os pés frios.

Andando mais um bocado a pé, chegámos a um marco que, como gays, não poderíamos evitar: The Stonewall Inn, um local mítico na história dos direitos dos homossexuais quando, em 1969, foi alvo de um violento confronto entre polícias e clientes do bar. O bar estava fechado, e parece que o negócio não tem corrido muito bem. Desde 1969 já ocuparam aquele espaço um restaurante chinês, uma sapataria e uma loja de sandwiches e bagels. Desde 2007 que é novamente o The Stonewall Inn, where pride began! A Gay Street, que não tem nada a ver com gays exceto no nome, fica também ali ao pé.






Mais 10 minutos e chegámos à Washington Square, um parque muito giro, com um Arco do Triunfo, construído na celebração dos 100 anos da presidência de George Washington. Este parque serve também de campus à New York University, e por isso estava cheio de estudantes a comerem as suas marmitas.





Do lado oposto ao Washington Arch fica a Judson Memorial Church, uma igreja baptista que viria a ter relevância nos dias seguintes.



Apanhámos o metro para Battery Park, bem na ponta sul de Manhattan. Daqui saem os ferries para Staten Island (estes ferries são gratuitos, a vista para a cidade é espetacular e é um dos melhores segredos lowcost de Nova Iorque). Porém, havia outro ferry à nossa espera: o que nos levaria à Estátua da Liberdade.





Os procedimentos de segurança são do género aeroporto, antes de embarcar e depois de chegar à Liberty Island. É possível subir à cabeça da estátua, mas esses bilhetes esgotam com muita antecedência. Com menos antecedência também esgotam os bilhetes para entrar no pedestal da estátua, mas como tinha comprado online não corri esse risco. Os bilhetes mais básicos permitem apenas visitar a ilha, mas não entrar na base da estátua.

Ficámos umas 2h30 por lá. O bilhete incluia ainda uma visita a Ellis Island, onde chegavam milhões de imigrantes de todo o mundo entre 1892 e 1954, devido ao mau tempo que se avizinhava já não fomos a tempo da visita a essa ilha.









De volta a Battery Park, fomos ao Castel Clinton, uma forte que também serviu de entrada na busca do sonho americano a 8 milhões de pessoas, de 1855 a 1890, entre eles, Joseph Pulitzer, em honra dos quais são atribuidos os prémios Pulitzer, enquanto comíamos bagels.



Toda a cidade é muito cinematográfica, especialmente a baixa de Manhathan. Estar ali com o P encheu-me o coração de alegria. Nunca tive o desejo de ir a Nova Iorque, mas sabia que isso era um sonho para ele. Pelo contrário, a viagem a Paris era um sonho de ambos, mas para mim tinha um significado especial. Ver o P ali em Manhathan tal como o vi em Paris, apesar de todas as merdas que se passam nas nossas vidas e das dificuldades que passamos para manter esta relação, fez-me sentir o homem mais feliz do mundo.

Voltámos ao metro, para irmos ao edifício mais alto de Nova Iorque, o Empire State Building. Um bom truque é ir ao final da tarde, para poder ver lá de cima o anoitecer e as luzes da cidade a acender. Conseguimos isso, e deixem que vos diga que a vista é espetacular. Sem dúvida, subir ao Empire State Building é um marco inevitável numa viagem à Big Apple. Só foi mesmo pena que a máquina fotográfica não seja melhor, mas um dia havemos de ter uma máquina com objectivas maiores que os nossos piços (quando vejo alguém com máquinas fotográficas com grandes lentes e objetivas digo que é para compensar os piços pequenos).





Saímos do Empire já tarde. Tínhamos combinado jantar com o Jack, mas antes do jantar fizemos a degustação de um vinho e um queijo que lhe tínhamos levado de cá. Depois fomos jantar a um restaurante mexicano ali perto, muito posh. O Jack ofereceu-nos o jantar. Voltámos para casa, mais um copo de vinho e fomos dormir.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Era uma vez...

Era uma vez um coelho que comeu o pai natal, o combóio, o palhaço, a criancinha, o circo, a segurança social, os subsídios de natal e de férias, as pequenas empresas, a classe média, os reformados e tudo e tudo e tudo. Não era nenhum de nós!


(encontrei neste perfil do facebook que andei a cuscar...)

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

The Amazing Race

Sou um bocado viciado neste série americana, que basicamente consiste numa série de equipas que viaja pelo mundo, cumpre missões e em que os últimos a chegar vão sendo eliminados. Há uns anos até passaram por Portugal, pelo Porto, Lisboa e Algarve.
Tenho pena que não exista nada deste género por cá, ou mesmo a nível europeu (podia ser patrocinado por uma low-cost, por exemplo). O mais parecido que vi por cá chamava-se Caça ao Tesouro, apresentado pelo Henrique Mendes e pela Catarina Furtado. Passava às quartas-feiras à noite, e envolvia sempre um grande esforço da minha parte para poder ficar a ver televisão até mais tarde. Na altura, com 12 anos, chegava a ter o mapa de Portugal ao lado e tentar adivinhar o significado das pistas. 



Entretanto, a 21ª temporada da The Amazing Race terminou, e foi este casalinho super-mega-ultra-cute que ganhou (um pouco mais sobre eles aqui). Macacos me mordam se um dia não hei-de concorrer a isto!


terça-feira, 27 de novembro de 2012

Nova Iorque 1

Como já é habitual, a saída de casa foi o pânico do costume. Depois de semanas a planear os 5 dias em Nova Iorque consegui fazer a proeza de deixar o mapa onde tinha assinalado os 57 pontos de interesse em casa (e ainda levei nas orelhas do meu coelho que sou despassarado). Levei apenas um mapa onde tinha os pontos assinalados, mas sem a respetiva legenda, o que até se tornou divertido, porque por vezes não sabiamos bem o que é que estávamos à procura. De qualquer forma, com a tempestade que se avizinhava, nem sabia se ia ver sequer algum dos pontos de interesse.

No aeroporto não houve stresses, e o voo não atrasou muito. Aterrámos em Newark às 16h. Estava sol, mas frio. Logo no controlo de passaportes começou a fita: tinhamos preenchido o formulário de entrada no país, mas no sítio da morada tinha posto apenas Manhattan. O bruta-montes do funcionário não gostou e desatou a fazer perguntas de onde íamos ficar, deu-me uma branca e não conseguia lembrar-me do nome nem da morada do nosso anfitrião, que estavam na mala de porão. Acabei por inventar uma morada ao acaso, que o tipo preencheu no papel e lá nos deixou sair.

Em qualquer sítio onde vá, deliro a olhar para estes painéis!
Por 9.80€ apanha-se o comboio do aeroporto de Newark para a Penn Station de Nova Iorque, a estação de combóios mais movimentada dos Estados Unidos (em Newark também há uma Penn Station, e o comboio também pára lá). 30 minutos depois estávamos no centro de Manhattan. A casa do nosso anfitrião ficava a 10 quarteirões dali (1 km), em pleno bairro de Chelsea, já perto da Village, uma zona muito gay friendly. Fizemos esse caminho a pé (até foi rápido) e lá fomos bater à porta do Jack.


O Jack é um texano de 47 anos, professor de história e voluntário do projecto It Gets Better. Já esteve em alguns dos sítios mais inóspitos do planeta (tem vídeos com pinguins que são de chorar a rir), e aí mesmo gravou alguns dos seus filmes do youtube mais icónicos. Começa-se a falar com ele e a conversa flui sem darmos conta, por horas e horas. Identifiquei-me bastante com ele. Quando lhe perguntei se estava sozinho na vida, encolheu os ombros e disse 'Não há muitos gays com os mesmos gostos que eu, que gostem de grandes caminhadas e expedições de mochila às costas'. Não queria acreditar. Até aquele momento tudo o que o Jack dizia era como eu me imagino daqui a 20 anos e de repente senti-me tão sozinho no mundo...

A casa do Jack é umas casas mais pequenas que já vi (menos de 40 metros quadrados), tão pequena que não resisto a mostrar a planta. Ainda assim, tem lareira (deu um jeitão quando ficou sem eletricidade), tem um quarto com uma vista espetacular (sobretudo à noite) e... custou  350000€. 'É um investimento para a vida, e moro onde gosto!' Para além do Jack vivem lá em casa dois gatos, que não hesitaram em nos saltar para o colo assim que nos sentámos no sofá. À noite acabaram por ter de ficar no quarto do Jack, porque literalmente os gatos não nos largavam!

Esta era a vista da janela do quarto do Jack. À noite era ainda mais espetacular!

O sofá onde ficámos, mesmo em frente à lareira

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Back to work!

Como acabei por dizer na mensagem anterior, foi com um bocado de mágoa que acabei por sair do meu anterior emprego. Devem ter pensado que por ser novo (em idade) e nas funções que tinha (não conheço ninguém da minha idade que tivesse chegado aquela posição) iria acatar o compadrio e a corrupção sem manifestar o meu desagrado. Revolta-me sobretudo saber que são pessoas destacadas da política nacional, de famílias que já deram vários ministros e outros altos cargos da nação. Mas, como não quero ser uma pessoa revoltada, vou simplesmente ultrapassar isto.

Felizmente tinha conseguido uma licença sem vencimento quando deixei o anterior emprego, e por isso lá vou voltar à minha anterior posição, de volta aos meus colegas e pelo menos com um horário mais ajustado com o do meu rabbit. E finalmente, vou começar a escrever os posts da viagem aos states, antes que embarquemos na próxima (não há de ser tão depressa...).

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Despedido!

Chegámos dos EUA na quarta. Apresentei-me ao trabalho na quinta. Na sexta, sou despedido. Que começo em grande! Viva o fim de semana!


quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Two rabbits back on track!

Olá! Já estamos de volta à nossa toca, depois de 3 semanas awesome! Parece que foi ontem que estávamos a entrar para o avião aqui no aeroporto de Lisboa, e no entanto há tanta coisa para contar...


Conhecemos pessoas fantásticas (e outras nem tanto), andámos imenso, bati o meu recorde de horas a conduzir, fomos ao sítio mais alto de Nova Iorque e ao mais baixo de toda a América do Norte (que é também o sítio onde foi registada a mais elevada temperatura do planeta), estivemos no centro de uma perfect storm, bati o record de frio (mas não o de temperatura mínima), encontrámos actores pornográficos (dirty mind)...

Nós somos o J e o P, e as crónicas dos United States of Bunnies estão prestes a começar...

sábado, 10 de novembro de 2012

10 - 11 - 12


Hoje é dia 10 de Novembro de 2012. De forma abreviada escrevemos 10-11-12. É uma sequência, como tantas outras. Mas para nós é uma data muito especial. Não por nossa causa, que devemos estar neste momento a caminho de Los Angeles pela Highway 1, mas por um casal espetacular que nos acolheu em Amsterdão como se fossemos amigos de longa data, apesar de naquela altura sermos completamente estranhos. O Robert e o Bastiaan celebram hoje, após 7 anos de vida em comum, o seu casamento. Foi com lágrimas que lhes disse que não íamos conseguir estar lá presentes, mas onde quer que estejamos agora, estamos de certeza a pensar neles.

A lua de mel foi organizada pelo Bastiaan, e o Robert não faz a mínima ideia para onde vão na próxima 3ª feira. Mas o Bastiaan  confidenciou-nos o seu destino! 良い旅、お友達!, que é como quem diz  Yoi tabi, o tomodachi!