dois coelhos

Esta é a nossa história, dois rapazes destinados um para o outro, que se conheceram quando um tinha 20 anos e o outro 26.
Desde esse dia que a nossa vida mudou para sempre! E vocês são as nossas únicas testemunhas!

quinta-feira, 30 de abril de 2015

Escandinávia - destinos e transportes

A Escandinávia é, na Europa, das minhas regiões preferidas, para além de Portugal, claro. Por isso, já sabia que mais cedo ou mais tarde teria de levar o meu mais que tudo até lá.

Podia passar 6 meses a passear por ali, mas dispúnhamos de apenas de 9 dias, o que me obrigou a olhar para o mapa e seleccionar 3 ou 4 dos meus destinos preferidos. Não foi uma escolha difícil: apesar de Estocolmo ser das capitais mais bonitas do mundo, o country-side norueguês e a cidade de Bergen obrigaram-me a prescindir de entrar na Suécia. Fica prometida uma viagem à Suécia, à Finlândia e talvez a algum país báltico (Estónia?) no futuro. Os destinos selecionados para esta viagem foram Copenhaga, ponto de partida e de chegada, Oslo, Bergen e Stavanger. Destes, apenas não conheço o último.
Imagem original aqui.

Um dos erros no planeamento desta viagem foi ter-me limitado a comprar o bilhete Lisboa - Copenhaga - Lisboa, e não ter planeado o resto da viagem com a devida antecedência. Por este motivo, a viagem na globalidade ficou substancialmente mais cara.

O plano era ficar três noites em Copenhaga (no tal hostel gay), três noites em Oslo, uma noite em Bergen, duas noites na área de Stavanger e... ups, acabou. 

A deslocação entre as cidades podia ser feita de várias formas: comboio, autocarro, carro, ferry, avião... Se fosse hoje, teria alugado um carro após os três dias em Copenhaga (consegue-se um carro por menos de 80€ para 6 dias). Porém, o tempo precioso que se perderia em condução, aliado aos preços exorbitantes do combustível na Noruega (cerca de 1.70€/litro num país produtor de petróleo!), e sobretudo ao facto de uma parte do percurso ter de ser feita de comboio e barco levou-me a escolher o meio de transporte mais rápido, mas mais dispendioso: o avião.

Assim, comprei os seguintes bilhetes de avião, depois de múltiplas comparações nos sites skyscanner e momondo:
  • Copenhaga - Oslo, pela Norwegian (51.80 € cada);
  • Bergen - Stavanger, igualmente pela Norwegian (29.60 € cada)
  • Stavanger - Copenhaga, pela SAS (170.65 € cada - uma das viagens mais caras que já comprei, mas a única alternativa possível dado o planeamento todo para trás)
O percurso de Oslo para Bergen era a parte do troço que teria de ser feita de comboio e barco. Não que não fosse possível fazê-la de carro, mas foi assim que a tinha feito há uns 10 anos atrás, quando encostei a cabeça no vidro da janela do comboio, em frente às imagens mais bonitas que alguma vez vi, e pensei "Um dia vou trazer aqui uma namorada". Lol, o destino dá algumas voltas.

Stavanger, uma cidade que apenas nas últimas décadas se tornou importante devido ao petróleo, não era exatamente o foco da minha atenção, mas antes o ponto de partida para duas atrações naturais relativamente perto: o Púlpito (Preikestolen) e o Kjeragbolten. Uma vez que dispúnhamos de menos de 48h na cidade e os meios de transporte para sítios mais remotos são escassos, optei aqui por alugar um carro. Não foi barato, mas era a única forma de tornar o plano exequível: 111€ por dois dias, na Budget, através da pesquisa de aluguer de automóveis do skyscanner.

Para ilustrar este post, aqui ficam mais algumas imagens do baú...
Oslo

Oslo

Estocolmo

Estocolmo

Estocolmo, Salão de Entrega dos Prémios Nobel

terça-feira, 28 de abril de 2015

Lorenzo e Pedro

Do twitter dos rapazes

Descobri há uma semana no dezanove.pt o novo fenómeno dos gay couple youtubers, o Lorenzo e o Pedro. 

Já sigo gay youtubers há uns anos (o Mark e o Ethan, por exemplo, são dos meus preferidos), mas admito que o Lorenzo e o Pedro estão no top! E ainda por cima são portugueses! How cool is that? 

É tão estranho ouvi-los falar português, lol

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Cigno Blog Awards - aftermatch

Foi ontem a grande gala de atribuição dos prémios Cigno 2015, uma iniciativa para promover a blogosfera LGBT friendly lusófona.



Aqui a toca dos coelhos ganhou o prémio de Melhor Blogue LGBT de Viagens, Cultura ou Lifestyle. Apesar de nos deixar orgulhosos, o prémio é igualmente de todos os nomeados nesta categoria, até mesmo para além dos 5 nomeados que foram revelados.



Viajar está nos genes dos países latinos desde há 500 anos, e nós não somos exceção. Apesar das diferenças entre mim e o P, o gosto de viajar, conhecer novos sítios e viver novas aventuras é partilhado. Na nossa mente pululam constantemente destinos (completamente diferentes, lol) que davam para preencher uma longa vida. Diz-se habitualmente "não vivas para trabalhar, trabalha para viver". No meu caso, é mais não vivas para trabalhar, trabalha para viajar.

Viajar para mim não é uma opção, mas uma necessidade. Já viajar em modo low-cost é um gosto pessoal, é o que nos permite ver mais coisas por menos dinheiro. Três semanas nos Estados Unidos, 14 dias em Itália ou 11 dias na Islândia... ah, calma, esta ainda não foi; não se torna pesado no orçamento, basta querer. E isso permite depois certas extravagâncias, como andar de helicóptero sobre o Grand Canyon (não se realizou porque a Natureza não quis), ir visitar partes do Vaticano que não estão abertas ao público ou derreter nas termas mais famosas do mundo.

Casey Levens para a JÓN Magazine

Quero agradecer, não o prémio em si, mas à equipa que esteve por detrás da organização dos primeiros Cigno Blog Awards, e que fez um trabalho fantástico na afirmação desta iniciativa pioneira na 'nossa' blogaysfera. Depois, a todos os leitores e comentadores do blog, os habitués, os ocasionais e os que mandam mails a perguntar se somos mesmo um casal de homens (para quem ainda tinha dúvidas, sim, somos). E last but not least, à minha cara-metade, que há cinco anos me faz o homem mais feliz do mundo. Obrigado por seres assim. E por ires comigo para Istambul daqui a 3 semanas. :D

domingo, 26 de abril de 2015

Copenhaga: antes de partir

Quando o destino é muito a norte ou a sul do planeta, é fundamental algum cuidado na escolha das datas da viagem. Copenhaga, por exemplo, tem 17h32 de sol no solstício de verão (Lisboa tem 14h52), e apenas 7h de sol no solstício de inverno (Lisboa tem 9h37). Por isso, os dias podem ser muito longos ou muito curtos. Acresce ainda que as diferenças meteorológicas podem tornar a viagem mais inóspita se a data não for bem escolhida.

Nesta viagem começámos por comprar os bilhetes de avião Lisboa - Copenhaga - Lisboa, mais uma vez pela easyjet. Ficou-nos em 83€ a cada um, sem direito a bagagem de porão (comprámos os bilhetes com 5 meses de antecedência). Uma vez que tínhamos dias de férias para gastar, e aproveitando os feriados do 10 de Junho e Santo António, que é feriado em Lisboa, conseguimos 9 dias para explorar um pouco da Escandinávia.

Como pelo meio tive a viagem ao México, para além do trabalho que não dá tréguas (dizia-me o Namorado que coelho que é coelho anda sempre a correr), acabei por deixar o planeamento desta viagem para as últimas duas semanas, o que foi um erro tremendo.

Como disse no post anterior, em Copenhaga fiquei num dos piores hostels ever. Dez anos depois, os hostels são completamente diferentes, mas estava numa de couchsurfing, para terror do meu coelhito. Enviei dezenas de pedidos de alojamento, mas sem sucesso. Entre o português que ia estar fora naquele período para ir ao Pride de Tel Aviv, ao capixaba que tinha partido um pé e estava no hospital, o italo-dinamarquês que ia fazer um périplo de bicicleta pela Ásia ou a lésbica dinamarquesa que achou o nosso pedido muito engraçado mas não recebia homens, consegui algumas sugestões de hostels. Desses, o Danhostel Copenhagen City era o mais razoável na relação preço/qualidade. Até que me sugeriram uma guest house, a Carsten's Guest House. Uma guest house é um pouco como o Airbnb, aluga-se um quarto numa casa de alguém. O curioso desta guest house é que tinha um hostel incorporado (melhor dizendo, tinha alguns quartos tipo dormitório), e... era uma guest house gay gerida pelo Carsten, um pãozinho dinamarquês. Ponderei um pouco, falei com o P, e decidimos reservar duas camas no quarto tipo hostel, que comportava 8 pessoas (70€ a cada, por três noites). Nova experiência a caminho... que tal será dormir num quarto com mais 6 gays?

O Carsten





sexta-feira, 24 de abril de 2015

Introdução à Escandinávia

À excepção de uma ida esporádica a Londres aos 12 anos, comecei verdadeiramente a viajar para fora de Portugal quando comecei a ter rendimentos que me permitissem suportar os custos associados, numa fase inicial limitado ao continente europeu. Foi assim que, aos 21 anos, na minha quarta viagem de avião, me apaixonei por uma cidade que ainda hoje é a minha capital preferida: Copenhaga. É possivelmente, depois de Lisboa, a capital onde mais vezes estive. Associa a limpeza e civilidade que caracteriza os países nórdicos ao relaxe e boa disposição do sul da Europa, razão por que chamam aos dinamarqueses 'Os italianos da Escandinávia' (o facto de serem giros também deverá ter algum peso, lol).
Quase seis anos depois comecei a namorar com o P, e como não podia deixar de ser, queria levá-lo a conhecer uma das cidades que mais gosto neste planeta. Para mim seria uma viagem repetida, mas o facto inédito de ir lá com a pessoa que amo, em vez de tornar aborrecida a preparação da viagem, tornou-a mais divertida.

Por outro lado, depois de uma semana de papo para o ar no México, não é fácil (pelo menos para o meu rapaz) voltar ao esquema de mochila às costas. Mas, como diz o Francisco, tp (temos pena). A Escandinávia é conhecida por não ser um sítio exactamente barato, por isso esta viagem foi em modo low-cost.

Meanwhile, fui ao baú buscar algumas fotos das minhas viagens a Copenhaga...





Um dos piores hostels onde já fiquei...

quinta-feira, 23 de abril de 2015

México 7

Tinha alugado o carro na Riviera Maya, México, durante dois dias, o que implicava um plano cuidado de forma a podermos visitar todos os sítios que queríamos. Porém, logo no primeiro dia não conseguimos cumprir o horário estipulado, e por isso no segundo dia tivémos de fazer 75 km do percurso do dia anterior, para visitar as ruínas de Cobá. Cobá, tal como Chichen Itza, foi uma importante cidade pré-colombiana. Não é tão mediática como esta última, o que permite encontra-la num estado mais natural, verdadeiramente imersa na selva.

Deixámos o carro no parque de estacionamento do Complexo de Cobá (0.60€), mesmo ao lado de um lago com crocodilos. As ruínas propriamente ditas ainda ficam a cerca de 1km da entrada do complexo (a entrada custa 3.42€), e as opções são ir a pé, de bicicleta alugada ou de riquexó. Escolhemos as bicicletas (cerca de 2€ cada). Apesar dos pavimentos não estarem nas melhores condições (talvez para serem mais fiéis ao original, lol), foi divertido pedalar com o P. Que me lembre, foi a primeira vez que andámos de bicicleta juntos.


Subir à pirâmide Nohoch Mul, a maior pirâmide do complexo, com 42 metros e 120 degraus, é possível, mas é um teste à condição física e às vertigens de cada um. Porém, vale bem a pena o esforço, porque a vista lá de cima é espetacular, com dezenas de quilómetros de floresta em todas as direcções.

Saímos de Cobá já depois do almoço, para visitarmos as últimas ruínas que nos faltavam, Tulum (3.50€). Ficaram para o fim porque ficam precisamente na cidade onde alugámos o carro e onde o iríamos devolver no final do dia. 

O que distingue as ruínas de Tulum das restantes ruínas mayas é o facto de ficar junto ao mar, o que lhe confere uma beleza ímpar. A praia junto às ruínas foi considerada pelo tripadvisor como uma das melhores do mundo. Claro que não perdemos a hipótese de mandar ali um mergulho.




Montes de iguanas passeam pacificamente pelas ruínas

Devolvemos o carro na agência da Hertz de Tulum por volta das 17h30. Foi o mesmo funcionário que nos atendeu, mais uma vez extremamente simpático. Depois foi apanhar o colectivo (1.20€) e voltar para o hotel.

Passámos os últimos dias apenas no resort, no melhor dolce far niente possível. No último dia saímos do resort por volta das 12h30, já almoçados, para regressar a Lisboa, com uma escala de 4 horas no aeroporto de Madrid, o que deu tempo de irmos até à cidade, almoçar no McDonalds da Gran Via e beber um café Delta no gay-friendly Mamá Inés, na Chueca. :D

Foto do Dean Diefendorf.

quinta-feira, 9 de abril de 2015

CIGNO - LGBT Blog Awards



Não tenho conseguido ter uma presença muito assídua pela blogosfera ultimamente. À loucura pouco saudável do trabalho juntou-se agora um objectivo pessoal do meu mais que tudo que me tem dado muito gozo a ajudar a atingir, e como sempre o blog acaba por ficar no fundo das prioridades. Além disso, já vamos em Abril, e daqui a pouco mais de um mês abre-se a época de viagens, logo com duas de seguida que me deixam de água na boca (duas de seguida deixam sempre água na boca, lol).

Porém, tal como o título deixa antever, este post tem uma dupla finalidade: aqui a toca dos coelhos foi surpreendida com a nomeação para 3 categorias dos CIGNO - LGBT Blog Awards. São elas,

"Melhor Blogue LGBT de Viagens, Cultura ou Lifestyle"

"Melhor Design em Blogue LGBT"

"Melhor Blogger LGBT 2014";



Tenho a dizer que o prémio principal já está ganho, que é o facto de ter ficado a conhecer mais um punhado de blogs fantástico, e ver reconhecidos alguns blogs que têm sido estruturantes na manutenção deste grupo. No entanto, ditam as regras do concurso que só há um vencedor em cada categoria, pelo que podem votar até dia 24 de Abril através deste link. Participem!

E agora, deixa cá ver quanto custa alugar um carro na Islândia...