dois coelhos

Esta é a nossa história, dois rapazes destinados um para o outro, que se conheceram quando um tinha 20 anos e o outro 26.
Desde esse dia que a nossa vida mudou para sempre! E vocês são as nossas únicas testemunhas!

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sexta-feira, 29 de maio de 2015

Europe, start voting now!

Depois de uma semana atribulada, mas também muito divertida, voltámos de Viena no passado domingo, no mesmo voo onde regressou a comitiva portuguesa, alguma comunicação social, e a maior concentração de gays giros num só avião que já vi.

Há meses que andava a preparar uma viagem surpresa ao P, para assistirmos ao festival. Ao contrário da viagem a Paris, em que ele estranhou porque raio eu comprei dois sacos-cama, garrafas de vinho e queijos em vésperas de uma excursão de camioneta pelo sul de Espanha, desta vez consegui não levantar a mínima suspeita, mesmo quando lhe disse "é melhor levar um casaco e cachecol, que as noites em Istambul são frias".

Foi só no momento do check-in que se apercebeu do que estava a acontecer. Não exteriorizou muito (raramente o faz, ao contrário de mim), mas não parava de dizer "Vamos para Viena???". Gosto de o ver sorrir, e naquele momento, juro-vos, ver aquela cara de felicidade tornou-me por minutos a pessoa mais feliz do mundo!

À chegada ao aeroporto de Viena, apanhámos a forma mais económica de chegar ao centro da cidade, o comboio. Sem grandes confusões, por 2.20€ e 40 minutos depois, estavamos em Wien Mitte, a principal estação da capital austríaca. O City Airport Train era mais apelativo, mas custava cinco vezes mais e apenas poupava 15 minutos no percurso.

Para as deslocações na cidade, depois de algumas contas, optei por comprar um passe semanal para cada um. Por 16.20€ ficámos com um bilhete válido de segunda a segunda, em todos os transportes públicos da cidade (o custo de uma única viagem de metro é de 2.20€). Os bilhetes para o festival conferiam o direito a utilizar os transportes públicos gratuitamente (em alguns sites dizia que apenas 4 horas antes e depois de cada espetáculo), mas ainda assim, compensou.


Reservei um apartamento pelo booking.com, no centro da cidade, a 50 metros de uma estação de metro. 510€ não é exatamente um preço que esteja habituado a pagar por alojamento, mas depois de consultar meia-dúzia de sites, revelou-se um preço em conta para a oferta disponível. Na semana do festival os preços mais do que duplicavam. Havia hostels a pedirem mais de 30€ por beliche em quartos de 8 pessoas, e o objectivo da surpresa é que o P se sentisse bem, e ele torce sempre o nariz a hostels e couchsurfing (com muita pena minha)...

Ao chegarmos ao apartamento, fomos recebidos por uma rapariga arménia (mau...), responsável pela limpeza do apartamento. Ficou surpreendida de chegarmos tão cedo (eram umas 16h), e pediu uns minutos para terminar a limpeza. Um quarto de hora e dois cafés depois na esplanada ao lado da porta, veio-nos chamar. O apartamento correspondia ao esperado, paguei o acordado, felizes da vida. Cerca de uma hora depois tocam insistentemente à campainha. Vou ver, dois casais nos 60's, ingleses, garantem-me ter uma reserva para o mesmo apartamento. Oi?

Long story made very short, vem a dona da casa (que por acaso é argentina), eu mostro a reserva (milagrosamente deu-me para a imprimir antes de sair de casa), os ingleses mostram a reserva, e ela diz "isto é um overbooking" e devolve-nos o dinheiro. Por coincidência, eu tenho um amigo que trabalha em hotelaria. Por coincidência ainda maior, ainda há poucas semanas falámos de overbookings em hotéis. Resultado, pagou-nos uma noite num hotel (uns 100€), e procurei um apartamento no Airbnb, que nunca tinha usado. Foi assim que acabámos em Stadlau, uma zona periférica de Viena (em comparação com Lisboa, diria que ficámos em Odivelas). Com isto acabámos por poupar uma noite, e o novo apartamento ficou mais barato que o inicial (352€). Apesar de ser mais distante do metro (cerca de 1km), o apartamento era francamente melhor.




segunda-feira, 18 de maio de 2015

Dois Coelhos na Eurovisão

Como não vou ter tempo de publicar posts, podem acompanhar pelo Instagram, live from Vienna, o que andamos a fazer:

Instagram


Resultado de imagem para instagram

Dois coelhos, here's Vienna calling...

Nem tudo o que parece, é. E eu, posso parecer um ditador aqui, mas na verdade sou fofinho e com coração de manteiga.

Já várias vezes falei aqui que, antes de conhecer o P, o Festival da Eurovisão me passava completamente ao lado. Entretanto, quando se está numa relação, aprendemos também a gostar de algumas coisas que o outro gosta. Continuo a achar o festival uma foleirada, mas agora acho graça a isso. 

Quando fomos à Dinamarca, o festival tinha acabado de passar por lá. Copenhaga ainda vibrava com dois festivais seguidos, de cada lado do estreito do Öresund (para quem não sabe, Copenhaga e Malmö é como Lisboa e o Montijo, com uma ponte a ligar as duas cidades. E o P lá acabou por dizer "podíamos ter vindo na semana do festival".

Não foi à toa quando o forcei a marcar férias de 18 a 22 de Maio. Já sabia que era a semana do Festival da Eurovisão. Dizer-lhe que queria ir aos Açores deu-me tempo para preparar as coisas, mantendo-o descansado que, em Lisboa ou em São Miguel, teríamos as nossas sessões Eurovisivas. Porém, o meu rapaz fala com a mãe diariamente ao telefone, e iria dizer-lhe que ia para os Açores... tive de arranjar outro destino.

É verdade que gostava muito de ir à Turquia, já tínhamos falado sobre isso, e apesar dele não concordar nada com o destino, não ficou completamente surpreendido quando lhe disse que afinal o destino era Istambul. Ainda disse "e tinha de ser precisamente na semana do festival???".

Neste momento, se tudo correu bem, estamos a caminho do aeroporto. Com os bilhetes que adulterei, ele está convencido que vamos para Istambul. Porém, os bilhetes verdadeiros são estes...



E há ainda a juntar mais estes...



Senhoras e senhores, vai ter início o show Dois Coelhos na Eurovisão!

domingo, 17 de maio de 2015

Turkey calling

Mais uma vez afastei-me da blogosfera (mas a blogosfera não se afastou de mim...). Na última semana terminei um projecto onde estava envolvido há já alguns anos, e tão depressa não me meto noutro. Aos 32 anos, cheguei finalmente à conclusão que o tempo é um recurso escasso, mais valioso que o dinheiro, e poder estar com o meu rapaz não tem preço.

Acresce a isso as duas viagens que se aproximam em menos de um mês: Turquia e Islândia. Não dá para esconder, um de nós está muito mais entusiasmado que o outro (quem lê este blog habitualmente ou nos conhece saberá do que estou a falar). A Islândia está no meu imaginário há vários anos (desde que me apaixonei pela Escandinávia), e decidi que tinha de ser em 2015! 

Já a Turquia, o processo foi diferente. Há alguns anos que tenho um percurso mais ou menos delineado para a Turquia (há algum país do mundo que eu não tenha um percurso delineado???). Istambul, Capadócia, o Mosteiro de Sumela, Éfeso, Antalya, Izmir, Pamukkale e, claro, Ancara, a capital. Neste período de férias que começa amanhã tinha pensado inicialmente aproveitar os voos low-cost para os Açores e explorar esse último reduto nacional que ainda não conhecemos. Porém, no meio de simulações, encontrei um preço promocional para Istambul, e quase sem falar com o P mudei os planos. Foi o drama, o horror e a tragédia aqui em casa, e ainda está um bocado de trombas, mas amanhã às 8 horas lá estaremos no aeroporto!


E agora vamos lá ver o Benfica...

domingo, 3 de maio de 2015

Escandinávia - o alojamento

Em qualquer viagem, o aspecto que mais nervoso miudinho me provoca é o alojamento. Em tempos iniciei uma série de posts sobre tipos de alojamento, que depois não cheguei a completar. Hotéis, hostels, Airbnb, Ebab, couchsurfing, acampar, dormir no carro... tirando o Ebab (que já tentei), já fiz tudo isso. Porém, El-Rei-o-Senhor-Meu-Namorado não é pessoa fácil de agradar. Quando lhe falo em couchsurfing, que é de longe a minha forma preferida de alojamento, diz logo "ah... tem mesmo de ser? E um daqueles hotéis com piscina, não?".

Nesta viagem não lhe dei grandes opções. Em Copenhaga iríamos ficar no hostel gay, uma vez que não tive sorte com o couchsurfing. Já para Oslo, a coisa correu melhor: ao fim de uns 7 ou 8 pedidos, fomos aceites pelo Karl, um norueguês de 35 anos, que acedeu a ser nosso anfitrião durante os 3 dias em Oslo.
O Karl e o namorado

Em relação aos outros locais (Bergen e Stavanger) não pesquisei no couchsurfing. O conceito de couchsurfing ultrapassa o de dormir-de-borla, há que conhecer e interagir com a pessoa que nos acolhe, ficar a conhecer um pouco da rotina local, e tanto em Bergen como em Stavanger chegamos ao final do dia e partimos cedo na manhã seguinte.

Depois de alguma pesquisa no hostelworld e no hostelbrookers, acabei por escolher o Marken Gjestehus, um hostel com excelente classificação, no centro de Bergen. Só o preço não era muito convidativo, mais de 30€ por pessoa, e ainda 7.50€ pela roupa de cama...75€ para os dois, apenas por uma noite... escrevi um mail diretamente para o hostel, a perguntar se havia alguma tarifa mais baixa, ou se podiam fazer um descontinho (tuga que é tuga pede um descontinho). Bem, coincidência monumental, o mail foi recebido por um português dos lados do Goody, que trabalha lá no hostel, e que nos fez o preço de 21€ cada.

Para Stavanger a coisa seria um pouco diferente. As alternativas de alojamento em sítios remotos são mais escassas. A primeira noite seria em Lysebotn, uma terrinha encantadora a uns 'curtos' 150km de Stavanger (daí o carro alugado ser fundametal). A segunda noite seria mais próximo da cidade, porque o voo de volta a Copenhaga partia às 10h e ainda teria de devolver o carro.

Posto isto, tratei do alojamento por mail, mas sem a sorte que tive para o hostel de Bergen. O hotel de Lysebotn (ou hostel ou lá o que aquilo é), gerido por uma família búlgara, ficou em 52€ cada (fónix) e o hostel de Stavanger (em quarto para 6 pessoas) 35€ cada. Ambos incluem pequeno almoço e roupa de cama.

Até sairmos de Portugal, em transportes e alojamento: 742€ cada. Como disse no início desta série de posts sobre a Escandinávia, não seria um destino barato. O facto de visitarmos sítios mais remotos e termos os horários limitados não deram leque de escolha em termos de transportes e alojamento. Porém, às vezes temos de abrir um pouco os cordões à bolsa quando queremos mostrar à pessoa que amamos algo que gostamos muito.

E para terminar, as últimas fotos de Oslo que fui buscar ao baú...


A fazer disparates...



Parlamento Norueguês

Pista de salto de ski Holmenkollbakken, a mais antiga do mundo. 

quinta-feira, 30 de abril de 2015

Escandinávia - destinos e transportes

A Escandinávia é, na Europa, das minhas regiões preferidas, para além de Portugal, claro. Por isso, já sabia que mais cedo ou mais tarde teria de levar o meu mais que tudo até lá.

Podia passar 6 meses a passear por ali, mas dispúnhamos de apenas de 9 dias, o que me obrigou a olhar para o mapa e seleccionar 3 ou 4 dos meus destinos preferidos. Não foi uma escolha difícil: apesar de Estocolmo ser das capitais mais bonitas do mundo, o country-side norueguês e a cidade de Bergen obrigaram-me a prescindir de entrar na Suécia. Fica prometida uma viagem à Suécia, à Finlândia e talvez a algum país báltico (Estónia?) no futuro. Os destinos selecionados para esta viagem foram Copenhaga, ponto de partida e de chegada, Oslo, Bergen e Stavanger. Destes, apenas não conheço o último.
Imagem original aqui.

Um dos erros no planeamento desta viagem foi ter-me limitado a comprar o bilhete Lisboa - Copenhaga - Lisboa, e não ter planeado o resto da viagem com a devida antecedência. Por este motivo, a viagem na globalidade ficou substancialmente mais cara.

O plano era ficar três noites em Copenhaga (no tal hostel gay), três noites em Oslo, uma noite em Bergen, duas noites na área de Stavanger e... ups, acabou. 

A deslocação entre as cidades podia ser feita de várias formas: comboio, autocarro, carro, ferry, avião... Se fosse hoje, teria alugado um carro após os três dias em Copenhaga (consegue-se um carro por menos de 80€ para 6 dias). Porém, o tempo precioso que se perderia em condução, aliado aos preços exorbitantes do combustível na Noruega (cerca de 1.70€/litro num país produtor de petróleo!), e sobretudo ao facto de uma parte do percurso ter de ser feita de comboio e barco levou-me a escolher o meio de transporte mais rápido, mas mais dispendioso: o avião.

Assim, comprei os seguintes bilhetes de avião, depois de múltiplas comparações nos sites skyscanner e momondo:
  • Copenhaga - Oslo, pela Norwegian (51.80 € cada);
  • Bergen - Stavanger, igualmente pela Norwegian (29.60 € cada)
  • Stavanger - Copenhaga, pela SAS (170.65 € cada - uma das viagens mais caras que já comprei, mas a única alternativa possível dado o planeamento todo para trás)
O percurso de Oslo para Bergen era a parte do troço que teria de ser feita de comboio e barco. Não que não fosse possível fazê-la de carro, mas foi assim que a tinha feito há uns 10 anos atrás, quando encostei a cabeça no vidro da janela do comboio, em frente às imagens mais bonitas que alguma vez vi, e pensei "Um dia vou trazer aqui uma namorada". Lol, o destino dá algumas voltas.

Stavanger, uma cidade que apenas nas últimas décadas se tornou importante devido ao petróleo, não era exatamente o foco da minha atenção, mas antes o ponto de partida para duas atrações naturais relativamente perto: o Púlpito (Preikestolen) e o Kjeragbolten. Uma vez que dispúnhamos de menos de 48h na cidade e os meios de transporte para sítios mais remotos são escassos, optei aqui por alugar um carro. Não foi barato, mas era a única forma de tornar o plano exequível: 111€ por dois dias, na Budget, através da pesquisa de aluguer de automóveis do skyscanner.

Para ilustrar este post, aqui ficam mais algumas imagens do baú...
Oslo

Oslo

Estocolmo

Estocolmo

Estocolmo, Salão de Entrega dos Prémios Nobel

domingo, 26 de abril de 2015

Copenhaga: antes de partir

Quando o destino é muito a norte ou a sul do planeta, é fundamental algum cuidado na escolha das datas da viagem. Copenhaga, por exemplo, tem 17h32 de sol no solstício de verão (Lisboa tem 14h52), e apenas 7h de sol no solstício de inverno (Lisboa tem 9h37). Por isso, os dias podem ser muito longos ou muito curtos. Acresce ainda que as diferenças meteorológicas podem tornar a viagem mais inóspita se a data não for bem escolhida.

Nesta viagem começámos por comprar os bilhetes de avião Lisboa - Copenhaga - Lisboa, mais uma vez pela easyjet. Ficou-nos em 83€ a cada um, sem direito a bagagem de porão (comprámos os bilhetes com 5 meses de antecedência). Uma vez que tínhamos dias de férias para gastar, e aproveitando os feriados do 10 de Junho e Santo António, que é feriado em Lisboa, conseguimos 9 dias para explorar um pouco da Escandinávia.

Como pelo meio tive a viagem ao México, para além do trabalho que não dá tréguas (dizia-me o Namorado que coelho que é coelho anda sempre a correr), acabei por deixar o planeamento desta viagem para as últimas duas semanas, o que foi um erro tremendo.

Como disse no post anterior, em Copenhaga fiquei num dos piores hostels ever. Dez anos depois, os hostels são completamente diferentes, mas estava numa de couchsurfing, para terror do meu coelhito. Enviei dezenas de pedidos de alojamento, mas sem sucesso. Entre o português que ia estar fora naquele período para ir ao Pride de Tel Aviv, ao capixaba que tinha partido um pé e estava no hospital, o italo-dinamarquês que ia fazer um périplo de bicicleta pela Ásia ou a lésbica dinamarquesa que achou o nosso pedido muito engraçado mas não recebia homens, consegui algumas sugestões de hostels. Desses, o Danhostel Copenhagen City era o mais razoável na relação preço/qualidade. Até que me sugeriram uma guest house, a Carsten's Guest House. Uma guest house é um pouco como o Airbnb, aluga-se um quarto numa casa de alguém. O curioso desta guest house é que tinha um hostel incorporado (melhor dizendo, tinha alguns quartos tipo dormitório), e... era uma guest house gay gerida pelo Carsten, um pãozinho dinamarquês. Ponderei um pouco, falei com o P, e decidimos reservar duas camas no quarto tipo hostel, que comportava 8 pessoas (70€ a cada, por três noites). Nova experiência a caminho... que tal será dormir num quarto com mais 6 gays?

O Carsten





sexta-feira, 24 de abril de 2015

Introdução à Escandinávia

À excepção de uma ida esporádica a Londres aos 12 anos, comecei verdadeiramente a viajar para fora de Portugal quando comecei a ter rendimentos que me permitissem suportar os custos associados, numa fase inicial limitado ao continente europeu. Foi assim que, aos 21 anos, na minha quarta viagem de avião, me apaixonei por uma cidade que ainda hoje é a minha capital preferida: Copenhaga. É possivelmente, depois de Lisboa, a capital onde mais vezes estive. Associa a limpeza e civilidade que caracteriza os países nórdicos ao relaxe e boa disposição do sul da Europa, razão por que chamam aos dinamarqueses 'Os italianos da Escandinávia' (o facto de serem giros também deverá ter algum peso, lol).
Quase seis anos depois comecei a namorar com o P, e como não podia deixar de ser, queria levá-lo a conhecer uma das cidades que mais gosto neste planeta. Para mim seria uma viagem repetida, mas o facto inédito de ir lá com a pessoa que amo, em vez de tornar aborrecida a preparação da viagem, tornou-a mais divertida.

Por outro lado, depois de uma semana de papo para o ar no México, não é fácil (pelo menos para o meu rapaz) voltar ao esquema de mochila às costas. Mas, como diz o Francisco, tp (temos pena). A Escandinávia é conhecida por não ser um sítio exactamente barato, por isso esta viagem foi em modo low-cost.

Meanwhile, fui ao baú buscar algumas fotos das minhas viagens a Copenhaga...





Um dos piores hostels onde já fiquei...

quinta-feira, 23 de abril de 2015

México 7

Tinha alugado o carro na Riviera Maya, México, durante dois dias, o que implicava um plano cuidado de forma a podermos visitar todos os sítios que queríamos. Porém, logo no primeiro dia não conseguimos cumprir o horário estipulado, e por isso no segundo dia tivémos de fazer 75 km do percurso do dia anterior, para visitar as ruínas de Cobá. Cobá, tal como Chichen Itza, foi uma importante cidade pré-colombiana. Não é tão mediática como esta última, o que permite encontra-la num estado mais natural, verdadeiramente imersa na selva.

Deixámos o carro no parque de estacionamento do Complexo de Cobá (0.60€), mesmo ao lado de um lago com crocodilos. As ruínas propriamente ditas ainda ficam a cerca de 1km da entrada do complexo (a entrada custa 3.42€), e as opções são ir a pé, de bicicleta alugada ou de riquexó. Escolhemos as bicicletas (cerca de 2€ cada). Apesar dos pavimentos não estarem nas melhores condições (talvez para serem mais fiéis ao original, lol), foi divertido pedalar com o P. Que me lembre, foi a primeira vez que andámos de bicicleta juntos.


Subir à pirâmide Nohoch Mul, a maior pirâmide do complexo, com 42 metros e 120 degraus, é possível, mas é um teste à condição física e às vertigens de cada um. Porém, vale bem a pena o esforço, porque a vista lá de cima é espetacular, com dezenas de quilómetros de floresta em todas as direcções.

Saímos de Cobá já depois do almoço, para visitarmos as últimas ruínas que nos faltavam, Tulum (3.50€). Ficaram para o fim porque ficam precisamente na cidade onde alugámos o carro e onde o iríamos devolver no final do dia. 

O que distingue as ruínas de Tulum das restantes ruínas mayas é o facto de ficar junto ao mar, o que lhe confere uma beleza ímpar. A praia junto às ruínas foi considerada pelo tripadvisor como uma das melhores do mundo. Claro que não perdemos a hipótese de mandar ali um mergulho.




Montes de iguanas passeam pacificamente pelas ruínas

Devolvemos o carro na agência da Hertz de Tulum por volta das 17h30. Foi o mesmo funcionário que nos atendeu, mais uma vez extremamente simpático. Depois foi apanhar o colectivo (1.20€) e voltar para o hotel.

Passámos os últimos dias apenas no resort, no melhor dolce far niente possível. No último dia saímos do resort por volta das 12h30, já almoçados, para regressar a Lisboa, com uma escala de 4 horas no aeroporto de Madrid, o que deu tempo de irmos até à cidade, almoçar no McDonalds da Gran Via e beber um café Delta no gay-friendly Mamá Inés, na Chueca. :D

Foto do Dean Diefendorf.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

México 6

Com um carro nas mãos, a viagem ao México ganhou outra piada. Finalmente havia qualquer coisa para fazer fora do resort. Finalmente os dias não se resumiam a barriga para o ar, a beber margaritas, alternando entre a praia de areia fina e águas quentes e as sete ou oito piscinas... (dá para perceber que não partilhámos os dois a mesma emoção???).

No dia seguinte saímos do hotel às 7 da manhã, já com o café da manhã tomado e um (grande) farnel que surripiamos do buffet. Tinha sacado ainda em Portugal uma app gps com mapas off-line (Sygic, passe a publicidade, lol), o que significava que tínhamos um gps funcional sem necessidade de uma ligação de dados. Ainda assim, atrevo-me a dizer que o gps não era essencial, não há assim tantas estradas, as indicações são razoáveis, e na dúvida é só encostar e perguntar.

Duas horas e meia, 180km depois de sairmos do hotel, chegámos ao complexo das Pirâmides de Chichen-Itza, uma das novas sete maravilhas. O percurso foi calmo, não passei do limite de 80km/h apesar das rectas de 20km numa estrada completamente deserta, não fosse algum radar apanhar-nos e dar problemas.

Optei por deixar o carro no parque do próprio complexo (0.61€, por um dia), em vez de o estacionar na estrada de acesso ao complexo. O parque, enorme, estava praticamente vazio, apenas com meia-dúzia de carros.

A entrada no complexo é, passe o pleonasmo, também ela complexa. Primeiro há que atravessar uma rua cheia de vendedores de souvenirs. Depois, numa primeira bilheteira do Ministério da Cultura do México, compra-se o primeiro bilhete por 3.60€. Uns metros mais à frente, numa bilheteira da Secretaria da Cultura do Estado do Yucatão compra-se um segundo bilhete por 7.80€. Não se compra um único bilhete porque, por causa da corrupção, as duas entidades não se entendem entre si. Neste percurso entre as bilheteiras e os torniquetes de entrada há dezenas de pessoas a oferecerem-se como guias das ruínas. A maioria fala apenas espanhol e inglês, e pedem à volta de 500 pesos (30€) para uma visita guiada de 2 horas.

Estar num sítio como as ruínas maias de Chichen-Itza, onde cada pedra conta uma história e têm um simbolismo de uma civilização extinta e envolta em mistério, e não ter alguém que explique o que se está a ver é verdadeiramente como um burro a olhar para um palácio. Por isso, logo depois dos torniquetes, onde mais algumas dezenas de guias ofereciam os seus serviços a preços mais baixos (é o chamado skimming do mercado) regateei com um deles e consegui que por 150 pesos (8.75€) nos desse uma visita guiada ao complexo. O acordo foi que a visita duraria apenas 1h30, de forma a que às 11h30 o guia estivesse à entrada na altura em que chegam as dezenas de autocarros turísticos.

Não vos vou maçar com a descrição exaustiva de Chichen-Itza, mas se lá forem, não deixem de contratar um guia, ou perderão completamente o âmago de visitar um sítio fantástico como este. Durante 90 minutos o nosso guia, um professor de história reformado e que falava português com sotaque adocicado do Brasil explicou-nos a história e mistérios daquela que foi a mais poderosa cidade maia. Foi um banho de cultura fantástico!





Depois do guia nos deixar ficámos mais uma meia hora a tirar fotos à volta do El Castillo e do Templo dos Jaguares. Por volta do meio dia saímos, já o sítio estava a ficar cheio de turistas. No parque de estacionamento confirmei as minhas suspeitas, havia mais de 100 autocarros de turismo estacionados.

De volta ao nosso mexican bunnycar, conduzi cerca de 20 minutos até um dos sítios mais fantásticos onde já estive, o cenote Ik Kil. Um cenote é basicamente um orifício enorme na rocha, como se fosse um poço gigante. De acordo com a tradição maia, resultam da queda de meteoros, e a água que contém vem do espaço. É uma explicação mais inspiradora do que acreditar que resultam do colapso da rocha sobre lençóis freáticos.

Tal como em Chichen-Itza, chegámos numa altura que não havia quase ninguém. Aí fiz um brilharete... tinha comprado na Decathlon não uma balança, mas dois kits de snorkeling por cerca de 15€, para além de uma máquina fotográfica aquática. Foi fixe porque o aluguer do equipamento de snorkeling custava uns 5€ a cada um, e assim tínhamos o nosso equipamento que utilizámos várias vezes. Pagámos apenas a entrada, 70 pesos (cerca de 4€ cada).



Todas as fotos daqui.

Ficámos por ali 1h30. A pouco e pouco iam chegando mais pessoas, por isso partimos para o próximo spot, o cenote Dzitnup (cerca de 3€ a cada). Ao contrário do anterior, este é uma caverna, apenas com uma abertura por onde entram alguns raios de sol e dão um efeito espetacular.







O plano inicial era ir ainda às ruínas de Cobá, outro complexo de pirâmides, mas a última entrada era às 16h, e seria impossível fazer os 70 km em menos de 1h respeitando os limites de velocidade. Por isso aproveitámos para dar uma volta em Valladolid, uma cidade fundada pelos colonizadores espanhóis há quase 500 anos atrás. A arquitetura, tipicamente colonialista, dá um ar agradável à cidade, a fazer-me lembrar da cidade de Olinda, no Brasil.



Ainda no regresso ao hotel, parámos em Akumal, uma terrinha pequena com uma praia incrível, onde fica um dos maiores santuários de tartarugas do mundo (Margarida e Mark, talvez as vossas gostassem de vir até cá...). O dia começava a cair, e estava-se melhor dentro de água que fora. Nadámos uns metros para o mar e lá começaram a aparecer dezenas de Speedies, umas maiores, outras pequeninas, tão fofas, a virem respirar à tona e a voltarem a mergulhar até às profundezas (não muito profundas, que eu não avancei muito mais mar a dentro). Sem dúvida, uma das melhores experiências na Riviera Maya, e ainda por cima gratuita.




Quinze minutos depois estávamos de volta ao Grand Palladium, mesmo a tempo para um banho romântico no nosso jacuzzi, mais um jantar de buffet-encher-até-rebentar e saímos novamente no carro, agora para Playa del Carmen, a uns 35km para norte.

A seguir a Cancun, Playa del Carmen é a principal estância turística da região. Sobretudo à noite, é inundada por multidões em busca da agitada vida nocturna, com bares e discotecas, alguns de renome internacional (das quais a Coco Bongo é a principal representante).


fonte: facebook

Discoteca Mandala

Discoteca Palazzo

Bebemos um ou dois copos e entrámos em alguns bares e discotecas, mas não fiquei encantado: centenas de adolescentes americanos em spring break (viagens de finalistas), muito bêbado na rua... a melhor parte foi, do alto do meu 1.69 m de altura, ser mais alto que qualquer um dos seguranças em várias discotecas. :D Lol, vou-me mudar para lá!