dois coelhos

Esta é a nossa história, dois rapazes destinados um para o outro, que se conheceram quando um tinha 20 anos e o outro 26.
Desde esse dia que a nossa vida mudou para sempre! E vocês são as nossas únicas testemunhas!

sexta-feira, 29 de maio de 2015

Europe, start voting now!

Depois de uma semana atribulada, mas também muito divertida, voltámos de Viena no passado domingo, no mesmo voo onde regressou a comitiva portuguesa, alguma comunicação social, e a maior concentração de gays giros num só avião que já vi.

Há meses que andava a preparar uma viagem surpresa ao P, para assistirmos ao festival. Ao contrário da viagem a Paris, em que ele estranhou porque raio eu comprei dois sacos-cama, garrafas de vinho e queijos em vésperas de uma excursão de camioneta pelo sul de Espanha, desta vez consegui não levantar a mínima suspeita, mesmo quando lhe disse "é melhor levar um casaco e cachecol, que as noites em Istambul são frias".

Foi só no momento do check-in que se apercebeu do que estava a acontecer. Não exteriorizou muito (raramente o faz, ao contrário de mim), mas não parava de dizer "Vamos para Viena???". Gosto de o ver sorrir, e naquele momento, juro-vos, ver aquela cara de felicidade tornou-me por minutos a pessoa mais feliz do mundo!

À chegada ao aeroporto de Viena, apanhámos a forma mais económica de chegar ao centro da cidade, o comboio. Sem grandes confusões, por 2.20€ e 40 minutos depois, estavamos em Wien Mitte, a principal estação da capital austríaca. O City Airport Train era mais apelativo, mas custava cinco vezes mais e apenas poupava 15 minutos no percurso.

Para as deslocações na cidade, depois de algumas contas, optei por comprar um passe semanal para cada um. Por 16.20€ ficámos com um bilhete válido de segunda a segunda, em todos os transportes públicos da cidade (o custo de uma única viagem de metro é de 2.20€). Os bilhetes para o festival conferiam o direito a utilizar os transportes públicos gratuitamente (em alguns sites dizia que apenas 4 horas antes e depois de cada espetáculo), mas ainda assim, compensou.


Reservei um apartamento pelo booking.com, no centro da cidade, a 50 metros de uma estação de metro. 510€ não é exatamente um preço que esteja habituado a pagar por alojamento, mas depois de consultar meia-dúzia de sites, revelou-se um preço em conta para a oferta disponível. Na semana do festival os preços mais do que duplicavam. Havia hostels a pedirem mais de 30€ por beliche em quartos de 8 pessoas, e o objectivo da surpresa é que o P se sentisse bem, e ele torce sempre o nariz a hostels e couchsurfing (com muita pena minha)...

Ao chegarmos ao apartamento, fomos recebidos por uma rapariga arménia (mau...), responsável pela limpeza do apartamento. Ficou surpreendida de chegarmos tão cedo (eram umas 16h), e pediu uns minutos para terminar a limpeza. Um quarto de hora e dois cafés depois na esplanada ao lado da porta, veio-nos chamar. O apartamento correspondia ao esperado, paguei o acordado, felizes da vida. Cerca de uma hora depois tocam insistentemente à campainha. Vou ver, dois casais nos 60's, ingleses, garantem-me ter uma reserva para o mesmo apartamento. Oi?

Long story made very short, vem a dona da casa (que por acaso é argentina), eu mostro a reserva (milagrosamente deu-me para a imprimir antes de sair de casa), os ingleses mostram a reserva, e ela diz "isto é um overbooking" e devolve-nos o dinheiro. Por coincidência, eu tenho um amigo que trabalha em hotelaria. Por coincidência ainda maior, ainda há poucas semanas falámos de overbookings em hotéis. Resultado, pagou-nos uma noite num hotel (uns 100€), e procurei um apartamento no Airbnb, que nunca tinha usado. Foi assim que acabámos em Stadlau, uma zona periférica de Viena (em comparação com Lisboa, diria que ficámos em Odivelas). Com isto acabámos por poupar uma noite, e o novo apartamento ficou mais barato que o inicial (352€). Apesar de ser mais distante do metro (cerca de 1km), o apartamento era francamente melhor.




segunda-feira, 18 de maio de 2015

Dois Coelhos na Eurovisão

Como não vou ter tempo de publicar posts, podem acompanhar pelo Instagram, live from Vienna, o que andamos a fazer:

Instagram


Resultado de imagem para instagram

Dois coelhos, here's Vienna calling...

Nem tudo o que parece, é. E eu, posso parecer um ditador aqui, mas na verdade sou fofinho e com coração de manteiga.

Já várias vezes falei aqui que, antes de conhecer o P, o Festival da Eurovisão me passava completamente ao lado. Entretanto, quando se está numa relação, aprendemos também a gostar de algumas coisas que o outro gosta. Continuo a achar o festival uma foleirada, mas agora acho graça a isso. 

Quando fomos à Dinamarca, o festival tinha acabado de passar por lá. Copenhaga ainda vibrava com dois festivais seguidos, de cada lado do estreito do Öresund (para quem não sabe, Copenhaga e Malmö é como Lisboa e o Montijo, com uma ponte a ligar as duas cidades. E o P lá acabou por dizer "podíamos ter vindo na semana do festival".

Não foi à toa quando o forcei a marcar férias de 18 a 22 de Maio. Já sabia que era a semana do Festival da Eurovisão. Dizer-lhe que queria ir aos Açores deu-me tempo para preparar as coisas, mantendo-o descansado que, em Lisboa ou em São Miguel, teríamos as nossas sessões Eurovisivas. Porém, o meu rapaz fala com a mãe diariamente ao telefone, e iria dizer-lhe que ia para os Açores... tive de arranjar outro destino.

É verdade que gostava muito de ir à Turquia, já tínhamos falado sobre isso, e apesar dele não concordar nada com o destino, não ficou completamente surpreendido quando lhe disse que afinal o destino era Istambul. Ainda disse "e tinha de ser precisamente na semana do festival???".

Neste momento, se tudo correu bem, estamos a caminho do aeroporto. Com os bilhetes que adulterei, ele está convencido que vamos para Istambul. Porém, os bilhetes verdadeiros são estes...



E há ainda a juntar mais estes...



Senhoras e senhores, vai ter início o show Dois Coelhos na Eurovisão!

domingo, 17 de maio de 2015

Turkey calling

Mais uma vez afastei-me da blogosfera (mas a blogosfera não se afastou de mim...). Na última semana terminei um projecto onde estava envolvido há já alguns anos, e tão depressa não me meto noutro. Aos 32 anos, cheguei finalmente à conclusão que o tempo é um recurso escasso, mais valioso que o dinheiro, e poder estar com o meu rapaz não tem preço.

Acresce a isso as duas viagens que se aproximam em menos de um mês: Turquia e Islândia. Não dá para esconder, um de nós está muito mais entusiasmado que o outro (quem lê este blog habitualmente ou nos conhece saberá do que estou a falar). A Islândia está no meu imaginário há vários anos (desde que me apaixonei pela Escandinávia), e decidi que tinha de ser em 2015! 

Já a Turquia, o processo foi diferente. Há alguns anos que tenho um percurso mais ou menos delineado para a Turquia (há algum país do mundo que eu não tenha um percurso delineado???). Istambul, Capadócia, o Mosteiro de Sumela, Éfeso, Antalya, Izmir, Pamukkale e, claro, Ancara, a capital. Neste período de férias que começa amanhã tinha pensado inicialmente aproveitar os voos low-cost para os Açores e explorar esse último reduto nacional que ainda não conhecemos. Porém, no meio de simulações, encontrei um preço promocional para Istambul, e quase sem falar com o P mudei os planos. Foi o drama, o horror e a tragédia aqui em casa, e ainda está um bocado de trombas, mas amanhã às 8 horas lá estaremos no aeroporto!


E agora vamos lá ver o Benfica...

domingo, 3 de maio de 2015

Escandinávia - o alojamento

Em qualquer viagem, o aspecto que mais nervoso miudinho me provoca é o alojamento. Em tempos iniciei uma série de posts sobre tipos de alojamento, que depois não cheguei a completar. Hotéis, hostels, Airbnb, Ebab, couchsurfing, acampar, dormir no carro... tirando o Ebab (que já tentei), já fiz tudo isso. Porém, El-Rei-o-Senhor-Meu-Namorado não é pessoa fácil de agradar. Quando lhe falo em couchsurfing, que é de longe a minha forma preferida de alojamento, diz logo "ah... tem mesmo de ser? E um daqueles hotéis com piscina, não?".

Nesta viagem não lhe dei grandes opções. Em Copenhaga iríamos ficar no hostel gay, uma vez que não tive sorte com o couchsurfing. Já para Oslo, a coisa correu melhor: ao fim de uns 7 ou 8 pedidos, fomos aceites pelo Karl, um norueguês de 35 anos, que acedeu a ser nosso anfitrião durante os 3 dias em Oslo.
O Karl e o namorado

Em relação aos outros locais (Bergen e Stavanger) não pesquisei no couchsurfing. O conceito de couchsurfing ultrapassa o de dormir-de-borla, há que conhecer e interagir com a pessoa que nos acolhe, ficar a conhecer um pouco da rotina local, e tanto em Bergen como em Stavanger chegamos ao final do dia e partimos cedo na manhã seguinte.

Depois de alguma pesquisa no hostelworld e no hostelbrookers, acabei por escolher o Marken Gjestehus, um hostel com excelente classificação, no centro de Bergen. Só o preço não era muito convidativo, mais de 30€ por pessoa, e ainda 7.50€ pela roupa de cama...75€ para os dois, apenas por uma noite... escrevi um mail diretamente para o hostel, a perguntar se havia alguma tarifa mais baixa, ou se podiam fazer um descontinho (tuga que é tuga pede um descontinho). Bem, coincidência monumental, o mail foi recebido por um português dos lados do Goody, que trabalha lá no hostel, e que nos fez o preço de 21€ cada.

Para Stavanger a coisa seria um pouco diferente. As alternativas de alojamento em sítios remotos são mais escassas. A primeira noite seria em Lysebotn, uma terrinha encantadora a uns 'curtos' 150km de Stavanger (daí o carro alugado ser fundametal). A segunda noite seria mais próximo da cidade, porque o voo de volta a Copenhaga partia às 10h e ainda teria de devolver o carro.

Posto isto, tratei do alojamento por mail, mas sem a sorte que tive para o hostel de Bergen. O hotel de Lysebotn (ou hostel ou lá o que aquilo é), gerido por uma família búlgara, ficou em 52€ cada (fónix) e o hostel de Stavanger (em quarto para 6 pessoas) 35€ cada. Ambos incluem pequeno almoço e roupa de cama.

Até sairmos de Portugal, em transportes e alojamento: 742€ cada. Como disse no início desta série de posts sobre a Escandinávia, não seria um destino barato. O facto de visitarmos sítios mais remotos e termos os horários limitados não deram leque de escolha em termos de transportes e alojamento. Porém, às vezes temos de abrir um pouco os cordões à bolsa quando queremos mostrar à pessoa que amamos algo que gostamos muito.

E para terminar, as últimas fotos de Oslo que fui buscar ao baú...


A fazer disparates...



Parlamento Norueguês

Pista de salto de ski Holmenkollbakken, a mais antiga do mundo.