dois coelhos

Esta é a nossa história, dois rapazes destinados um para o outro, que se conheceram quando um tinha 20 anos e o outro 26.
Desde esse dia que a nossa vida mudou para sempre! E vocês são as nossas únicas testemunhas!

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Rotas dos coelhos



Finalmente o mapa do nosso rasto. Qualquer dia todas as estradas do país hão de estar percorridas. Deixei as ilhas propositadamente de fora. Ainda não entrámos nesses voos. Quando acontecer, actualizamos o mapa.

Porque tenho inveja dos heteros


Já que o último post suscitou tantas dúvidas, achei que precisava de esclarecer isto um bocadinho melhor.

Porque tenho inveja dos heteros...

Mera contextualização: estou muito 'dentro do armário', e não pretendo sair. O meu trabalho implica um contacto diário com muitas pessoas, e o meio onde trabalho é altamente conservador e obedece a uma hierarquia rígida. Tenho pretensões de subir nessa hierarquia. Não existe uma barreira entre 'amigos do trabalho' e 'amigos pessoais'. Poucos pertencem apenas a uma das categorias.

Entristece-me não poder fazer o mesmo que fez o casal que descrevi no outro post. Parar o carro, pôr a música alta, sair do carro e dançar bem agarrado ao meu coelho. E fazer isto no meio da cidade, sem me preocupar de poder haver pessoas a ver.
Gostava de poder dar-lhe a mão quando estamos a jantar, ou do abraçar no cinema. Gostava de o trazer aqui a casa, de poder pôr umas velas na sala e fazermos um jantar romântico, sem que estes homofóbicos transformassem a minha vida aqui num inferno.
Gostava de o poder levar aos casamentos a que tenho ido, em vez de ter de levar amigas ou ir sozinho. Gostava de poder fazer o que a sociedade aceita tão bem num casal hetero e até bate palmas, mas cospe e insulta se forem dois rapazes.

Enfim, acreditem, razões não me faltam para ter inveja dos heteros. Mas há uma coisa que me anima... os heteros bem se podem lixar, que este coelho é meu e só meu. E isso dá-me muito orgulho!

domingo, 29 de agosto de 2010

Acabou de acontecer...

Barulho de travagem brusca...

Ouve-se um carro com música alta...

E isto:


para quem não percebeu, foi um casal de namorados que resolveu sair do carro e começou a dançar, bem apaixonados.
Tenho tanta inveja dos heteros!

(no final as pessoas dos prédios em frente, atraídas pela música, vieram à janela e bateram palmas).

sábado, 28 de agosto de 2010

Terra Nostra, Mister Charly, Vefa...

Pergunta mesmo tola, já alguém viajou nestas agências? Os preços são tão em conta...

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Some pics...

Andei aqui entretido a editar algumas fotos nossas dos últimos tempos... o P diz que algumas são meio scary... Nem todas as viagens foram documentadas aqui. ;-)


Sintra


Palácio de Seteais, Sintra


Arrábida, na nossa primeira noite fora das tocas


Cabo Espichel (ou melhor, Santuário)


Ferry de Setubal para Troia, a caminho de Porto Côvo


Ilha do Pessegueiro


A qualidade das fotos não é grande coisa (ao contrário dos modelos!), são fotos de telemóvel, temos de pensar em arranjar uma máquina fotográfica. Agora que estamos juntos já vale a pena, para as nossas memórias.


Estamos a fazer um mapa de Portugal com os sítios onde fomos e as estradas que percorremos, daqui a uns dias deve estar pronto.

domingo, 22 de agosto de 2010

Rabbit à procura de emprego

Entretanto o P continua à procura de emprego. É uma chatice, porque cada vez mais colegas de turma já se orientaram, e eu sei que ele vai ser um excelente profissional. Estamos a levar a coisa 'na desportiva', inclusivamente a considerar hipóteses tipo McDonalds ou Telepizza pelo menos enquanto não respondem às candidaturas que ele já enviou. Já alguém trabalhou nestes sítios?

Olhão 4

Pedimos desculpa a todos os leitores que estavam sôfregos por notícias. Foi mais de uma semana e fim de semana de trabalho árduo, para compensar os dias gastos a passear (e também algum tempo de qualidade que passámos juntos, onde se inclui o filme Contraluz que fomos ver ontem).

Continuando, no último dia fomos finalmente para uma daquelas ilhas que estão em frente à ria. Estávamos a pensar em ir para a da Culatra, mas pelo horário dos barcos acabámos por ir antes para a do Farol. Foi um circo encontrar um lugar para estacionar o bunnycar perto dos barcos, depois de muitas voltas aos armazens da sardinha enlatada lá encontrámos um buraquinho, mesmo assim a quase 10 minutos do porto. Em relação à ilha propriamente dita, a praia é boa mas não tão boa como aquela ao pé de Vila Real de Santo António, pareceu-nos que não valeu a pena a diferença. Se voltar-mos a acampar (não me cheira, pelo menos para já) Monte Gordo talvez seja um forte candidato. A única vantagem desta praia é que a concentração de pessoas por metro quadrado é mais reduzida, mas mesmo assim não dá para fazermos umas festinhas. Isso vai ter de ficar para outras praias...
Voltámos para Lisboa ao fim do dia, o P ficou perto da casa dos pais e o J "regressou de quatro dias na santa terrinha". Pelo menos foi isso que disse aos colegas de casa!

Ficam aqui algumas fotos que tirámos.



quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Olhão 3

Então, continuando, depois do óptimo jantar em Ayamonte, que nem ficou tão caro como chegámos a recear,  fomos a Vila Real de Santo António comer um gelado. A cidade estava apinhada de turistas, e foi uma sorte não termos encontrado ninguém conhecido. Comemos na esplanada de um bar de uma rua pedestre, a temperatura estava optima e o gelado caiu tão bem que nem nos lembrámos de protestar pelos 20 minutos que esperámos por ele. E ainda estivemos quase para ir cantar no karaoke que havia no bar ao lado (brincadeirinha). Vagueámos um bocado pelas ruas, se é que se pode dizer 'vaguear' quando estava tudo tão apinhado de bicharada.
Na volta à tenda encontrámos o nosso colchão de ar (sim, podemos ser coelhos campistas mas não dispensamos o conforto do colchão) meio vazio. Os piores receios confirmaram-se, o colchão tinha um furo. Dormir num colchão assim tornou-se muito desconfortável, e acabámos por ter de o esvaziar completamente e  usar os sacos-cama como placas, o que na prática significou dormir no chão. O ambiente não era dos melhores, ainda discutimos um bocado, como se algum de nós tivesse a culpa do colchão ter um furo.

No sábado fomos ao centro comercial de Olhão (o Ria Shopping) ver se arranjávamos uma cola especial que há para remendar os colchões. O ambiente continuava mau, não havia a dita cola lá e em pleno Pão de Açúcar tivemos uma mega discussão. Mega mesmo mega, a maior que tivémos até hoje. Cada coelho foi para seu lado, um foi para a rua apanhar ar, o outro fechou-se na casa de banho, foi um momento muito triste e doloroso. Nem vale a pena tentar explicar os detalhes. Lembrei-me muitas vezes da célebre SMS que uma vez recebi "Se eu gosto de ti e tu gostas de mim, porque é que as coisas não dão certo?". Ao fim de mais de 1h30, um de nós ligou ao outro, houve "Amo-te" misturados com lágrimas e lá ultrapassámos isto. Foi constrangedor, e espero que nunca mais tenhamos uma discussão assim.

Fomos ao Algarve Shopping ver se ao menos lá no Continente havia o raio da cola, mas nem isso. Também não percebo, uma cola que é própria para colchões de ar e plásticos flexíveis e não havia no Algarve? Grrrr.
Fomos jantar à telepizza de Faro (uh, que original) e tomámos café na marina de Faro, num café bem fashion que lá há, e demos um passeio por ali, muito cosmopolitas no meio de tanto turista.
Estava muito feliz por estar ali com o meu bunny, apesar de ainda ressentidos da discussão.

Voltámos relativamente cedo para a tenda, mas como não tinhamos dormido bem na última noite estávamos cansados. Foi mais uma noite a dormir no duro. Acampar assim já não tem tanta graça...

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Olhão 2

Continuando a nossa aventura do fim de semana, continuámos até ao Algarve por Mértola, supostamente para a atravessarmos o "Parque Natural do Vale do Guadiana". Bem, se aquilo é o dito parque, vou ali já venho! A paisagem é árida, seca e não vislumbrámos qualquer ponto de interesse. Se alguém quer depor o contrário, avance.

Entrámos no Algarve por Alcoutim, e ainda nos cruzámos com um carro do Google na Via do Infante. Se as nossas caras aparecerem no StreetView, Google podes contar com uma indeminização milionária para nós. Nós somos dois coelhos que prezamos muito a nossa privacidade (até porque, fora deste blog, ninguém sonha que fomos acampar).

O Parque é fixe, um pouco melhor que o de Porto Côvo, só com o senão que fica ao lado da linha do combóio, por isso aqui os coelhos tiveram de baixar as orelhas quando era para ir dormir. A primeira noite nem foi muito má, o problema foi de manhã, o sol a bater na nossa toca foi qualquer coisa. Claro que tratámos logo de mudar a tenda de sítio, mas com o parque tão cheio não foi fácil encontrar um bom spot. Felizmente topámos um casal que estava a arrumar tudo para ir embora, e ocupámos logo esse lugar.

Tal como a bicharada já nos tinha avisado, não há ali nenhuma praia within a walking distance, mas como tinha-mos o BunnyCar não houve problemas. Na 6ª feira fomos à praia a Monte Gordo, já próximo do lado de Vila Real de santo António. A praia era espectacular, e não estava tão cheia como tudo o resto, deu para estarmos à vontade. :-)

À noite fomos jantar a Ayamonte. Foi a primeira vez que saímos do país, por isso celebrámos muito este milestone. Jantámos tapas, como não podia deixar de ser. O Coelho J, com a mania de que sabia falar espanhol conseguiu que o empregado começasse a trazer comida para a mesa que não tínhamos pedido, e de vez em quando vinha e fazia um comentário que nenhum de nós percebia. 
Ao nosso lado jantavam três espanholas velhotas típicas, como as da foto, pareciam acabadas de sair de uma tourada ou um show de sevilhanas. Falavam alto, usavam 'abanicos' (inclusivamente uma ia trocando de leque de vez em quando, porque tinha 3!). Mas o melhor foi mesmo quando lhes serviam a comida. Uma das espanholas era tão polivalente que com apenas duas mãozinhas fazia seis coisas: segurava no garfo, abanava o leque, segurava o copo, abanava o outro leque, cortava a comida com a faca e falava ao telemóvel. Como se não bastasse, atiravam os restos de comida para o chão. Que número, nem conseguíamos parar de rir.

Bem, amanhã há mais... 

Olhão 1

Acabo de chegar à minha toca, após o fim-de-semana de campismo que tinhamos combinado. Como há tantas coisas para contar vou fazer vários posts e publicá-los nos próximos dias.

Na 5a feira saímos de Lisboa, mais uma vez já com algum atraso. Eramos para sair às 8.30, saímos depois das 11h. Enfim, somos dois coelhos portugueses, o que mais há a dizer?
(há a dizer que eu detesto esta desculpa da nacionalidade para justificar atrasos, mas isso é outra história...).

Desta vez foi o P que dirigiu todas as operações, nomeadamente o percurso. O destino acabou por ser mesmo o Parque de Campismo de Olhão, apesar de termos hesitado bastante entre as outras alternativas. Obrigado à bicharada que nos aconselhou.

Por opção do P evitámos as autoestradas. Fomos em direcção a Évora, e já estávamos mesmo à entrada da cidade quando surgiu a primeira... discussão, claro! Já nem sei bem porquê, houve uma troca de palavras mais azeda entre os coelhos, e não fomos a Évora. Alguns kms depois (100?) entretanto fizemos as pazes, e o P pode continuar a dirigir os destinos do BunnyCar (dirigir é uma forma de expressão, o P ainda está a tirar a carta).
Parámos em Beja, para almoçar e dar uma volta pela cidade. Desculpem-nos os bejofilos que aqui andarem, mas Beja deve ser a capital de distrito turisticamente mais pobre do país... passeio pelo castelo e torre de menagem, convento de S. Francisco, colégio de Jesuítas e pouco mais na terra da Mariana Alcoforado.

De Beja continuámos para sul, e este post continua para amanhã ;-)

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Frase do dia

Frase do dia, da mãe de um de nós:

"-- Tu não sabes escolher uma namorada, filho!"

Resposta que ficou por dar:

"-- Mas sei escolher um namorado!"