dois coelhos

Esta é a nossa história, dois rapazes destinados um para o outro, que se conheceram quando um tinha 20 anos e o outro 26.
Desde esse dia que a nossa vida mudou para sempre! E vocês são as nossas únicas testemunhas!

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Sevilha II

No segundo dia em Sevilha começámos por ir ver a Plaza de España, uma reminiscência da Exposição IberoAmericana de 1929. O sítio é muito giro, com um pequeno canal e gôndolas, junto ao Parque Maria Luisa, onde também demos uma volta. A quantidade de pessoas a passear, apesar de ser segunda feira, era impressionante.



Já viram isto em algum lado?


Depois voltámos para o centro da cidade, que ainda não tínhamos explorado verdadeiramente. Atacámos logo uma das principais atrações, a Catedral de Sevilha e a Giralda (torre do relógio). É o terceiro maior templo cristão do mundo, o maior em estilo gótico, adaptada de uma mesquita existente no local, de 1172. Levou 300 anos a construir, e nela está enterrado (acredita-se) Cristóvão Colombo, esse famoso português (o Adam percebe-me). Para além da sumptuosidade interior, há um agradável Pátio das Laranjeiras, mais uma herança muçulmana, muito agradável.


Subimos, naturalmente, à torre (no tempo da mesquita era um minarete). Do alto dos seus mais de 100 metros têm-se uma vista estupenda sobre toda a cidade e o Rio Guadalquivir.


Ao lado da Catedral está o Real Alcázar de Sevilha, uma série de palácios onde ficam alojados os membros da família real quando visitam a cidade. O nome Alcázar vem do árabe Qsar, que significa vila fortificada. Foi começado a construir em 713, e entre outras coisas aqui casaram Carlos I de Espanha com Isabel de Portugal, pais daquele que viria a ser o primeiro rei da Dinastia Filipina, Filipe I.




Para além dos palácios, os jardins também são fantásticos e vale a pena lá ir. Sobretudo se tiverem ar de puto como eu, que ainda passei como menor de 25 anos e paguei apenas 2 € pela entrada (o preço normal é 8,5 €).


Ainda na mesma zona fica o Arquivo Geral das Índias, onde estão concentrados todos os documentos relativos às colónias e expansão espanhola. Entre os milhares de documentos está um que nos é muito querido.... o Tratado de Tordesilhas. Foram feitas duas versões deste tratado, uma em castelhano, que está na Torre do Tombo em Lisboa, e esta em português, que está lá em Sevilha:


Fomos andando até à Praça de São Francisco e Praça Nova, onde já haviamos estado no dia anterior, e depois em direcção ao rio, passando pela La Maestranza, a segunda mais importante praça de touros de Espanha.



Junto ao Guadalquivir fica a Torre del Oro, uma torre de vigia que procurava evitar possíveis invasões pelo rio.

Mais à frente, o Palácio de S. Telmo, sede do Governo Regional da Andaluzia.

E a Casa del Costurero de la Reina...

Até chegarmos, de novo, à Plaza de España, onde o nosse bunnycar aguardava pacientemente. A próxima paragem seria a cerca de 150km dali, em Córdoba.

Chegámos a Córdoba às 21:30, cheios de fome. Logo à entrada vimos um restaurante chinês gigantesco, o Wok, com menu buffet a 10,5 €. Nem pensámos duas vezes, foi mesmo ali. Comemos quase até rebentar. Ainda por cima havia uma penalização de 6 € por prato no caso de desperdício, por isso tivémos mesmo de deixar o prato limpo.


Ficámos no Hotel Selu, um pequeno (e fraco) três estrelas no centro da cidade, que ficou em 50€ por uma noite.

11 comentários:

  1. Em Sevilha achei lindo espreitar aqueles pátios das casas particulares, que se vêem da entrada; até apetece entrar para ver melhor.

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    1. Há alguns muito giros, não entrámos em nenhum mas tirámos fotos à porta de um ou dois gradeamentos, com pátios lindos por detrás.

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  2. Eu já estive em Sevilha, mas de passagem. Devo dizer que nunca fiz um roteiro turístico pela cidade. :/ Todavia, é uma cidade interessantíssima por vários pontos que tu referiste: tem uma herança muçulmana fortíssima (como todo o sul de Espanha), devido à ocupação árabe até 1492, e guarda uma das cópias do mítico Tratado de Tordesilhas, naquele que foi o período apoteótico de Portugal e de Espanha (no tempo em que ambos os países punham e dispunham no planeta).

    Gostei imenso das lições históricas que foste dando ao longo do post. (:

    P.S.1: Cristóvão Colombo, português? Ahahah :D Senti um tom de ironia no teu texto, em todo o caso, ele era genovês (não vá algum /a incauto /a passar por aqui e pensar que ele era mesmo português, ahah). :D

    P.S.2: Adorei - adorei (duas vezes!) - a fotografia que mostra o jardim do Parque Maria Luisa. *.* Adoro jardins e todo aquele verde fascina-me. :)

    :3

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    1. Olha que eu acho que ele era mesmo português, hahaha!

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    2. A história de Cristovão Colombo ser português era uma private joke com o Adam, a propósito do livro Codex 632 do jornalista José Rodrigues dos Santos. No entanto, não apesar de a teoria dominante ser que ele era genovês, não há consenso.

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  3. Adoro ver e ler este canto :)

    Abraço amigo

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    1. Nem imaginas o trabalhão que me dá escrever cada post...

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  4. Ahaha! Adorei 'penalização de 6 € por prato no caso de desperdício', essa a mim nunca me aconteceu lol XD

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  5. Sevilha é mágica...
    Já estive em Sevilha várias vezes, umas de passagem, outras com uma curta paragem de dois a três dias.
    Gosto particularmente de sentir toda a influência árabe...
    E simplesmente olhar...
    Um abraço

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    1. Já tinha estado em Sevilha também, mas só no aeroporto. A cidade é muito gira para passear, mas com a canícula do verão não deve ser muito agradável.

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