dois coelhos

Esta é a nossa história, dois rapazes destinados um para o outro, que se conheceram quando um tinha 20 anos e o outro 26.
Desde esse dia que a nossa vida mudou para sempre! E vocês são as nossas únicas testemunhas!

terça-feira, 8 de maio de 2012

Genebra

Logo de manhã, após o café da manhã, fomos à estação deixar as malas nos cacifos. O voo da easyjet para Lisboa seria no dia seguinte às 6:35, o que nos obrigou a dormir no aeroporto. No big deal!

Genebra não é uma cidade muito grande, mas aquilo que eu mais queria ver fica nos limites da cidade, pelo que fomos de autocarro até ao Palácio das Nações, ou melhor, às Nações Unidas. A sede da ONU fica em Nova Iorque (o backpacker anda por lá...), mas existem gabinetes descentralizados em Genebra, Nairobi e Viena.

As formalidades de segurança para entrar no edifício são piores que nos aeroportos, por isso a visita guiada marcada para as 10h30 só começou 1h depois. O guia que nos calhou era péssimo, gaguejava e falava pouco. Por isso não tive com complacência e fiz-lhe imensas perguntas, desde a Liga das Nações, pré-2ª Guerra Mundial, até à atualidade.

Passámos pela Sala dos Direitos Humanos e Aliança das Civilizações, 

Sala dos Passos Perdidos, 

Sala da Assembleia Geral 

e a Sala do Conselho (onde foi fundada a Namíbia, lol).

Demos ainda uma volta pelo jardim, que é gigante e cheio de monumentos.
Monumento à Conquista do Espaço (oferecido pela Rússia)

Esfera Armilar

As tartarugas suportam a esfera... Viva o Spedy!

Em frente ao Palácio das Nações está uma escultura impressionante, a Broken Chair, a lembrar os políticos e visitantes da cidade do problema das minas terrestres e bombas de fragmentação.

O meu sonho era ir ao CERN, mas é praticamente impossível visitar as duas coisas no mesmo dia, por isso o CERN fica para a próxima. De volta ao centro da cidade, passámos pelo Parque dos Bastiões, cheio de pessoas a apanhar sol nos relvados e a jogar xadrez e damas com peças grandes.

Mais à frente fica o Muro dos Reformadores (Genebra foi um dos berços da reforma protestante), e a seguir, já na Promenade de la Treille, o mais longo banco do mundo (há recordes para tudo!). Não é nada de especial, mas claro que não dispensámos a foto, afinal são 120 metros de banco!
Guillaume Farel, João Calvino, Théodore de Beze e John Knox


Depois de andar mais um bocado, logo a seguir à animada Place Bourg-de-Four, entrámos na Catedral de São Pedro, da Igreja Protestante de Genebra. Como todos os templos protestantes, por dentro não é muito impressionante, mas a vista da torre vale cada um dos 500 degraus até lá chegar.




 

O Mont Blanc lá ao fundo

Umas ruas mais abaixo fica a Casa Tavel, o mais antigo edifício da idade média da cidade (sec. XIV). À entrada deram-nos um guia em Português, e lá nos orientámos pelo casarão.

Sempre a descer em direção ao lago, passámos por mais umas quantas ruas pedestres, cheias de lojas de luxo. Quando eram ruas com circulação automóvel a concentração de carros topo de gama por metro quadrado era assombrosa.

Foi numa dessas ruas pedestres, bem sentado num banco de jardim, que estava nada mais nada menos que o Bruno Mars. Eu nem sou assim grande fã dele, mas atrás de nós vinham umas adolescentes que ficaram histéricas e aos gritos, só sossegaram depois dos autógrafos. Achei-lhe piada, sem seguranças nem nada, simplesmente a passear pela cidade com um amigo, tal como nós.

Eramos para ter ido ao Museu Patek Philippe, mas o preço dos bilhetes é proporcional ao preço dos relógios, e como nós usamos Swatch seguimos em direção ao Jardim Inglês e a outro relógio... o relógio das flores, outra das atrações da cidade (o maior relógio de flores do mundo, lol).


Porém, a atração maior é mesmo o Jet d'Eau. Tirámos fotos de todo o género, com o jacto de água a surgir da mão, da cabeça, da boca...


A fome foi apertando, e segundo o Lonely Planet havia ainda mais uma coisa para ver: o relógio da Passage Malbuisson. É um relógio que toca de hora a hora, altura em que desfila uma série de figuras. Chegámos pouco tempo depois da hora, por isso jantámos ali num restaurante próximo, e à hora certa lá fomos ver o show.

Ainda demos mais algumas voltas pelo centro, e às 23h30 apanhámos o combóio para o aeroporto.

Já levo com alguma experiência a dormir em aeroportos. O de Genebra não é muito grande, mas lá descobrimos um cantinho isolado e sossegado para nos encostarmos. Por volta das 5 decidi ir beber café. A única opção era as máquinas automáticas, porque os cafés ainda não tinham aberto. Mas eu não tinha moedas de francos suíços... Junto à máquina do café uma máquina, pensei eu que fosse de trocos, aceitava notas. Estava cansado e não me apeteceu ler as instruções em francês. Meti a nota de 20 francos (cerca de 16 €) e de repente caem 25 fichas para café! Por isso, meus caros, se tiverem a pensar em ir a Genebra nos próximos tempos, tenho todo o gosto em vos oferecer um café. Quem é amigo?


9 comentários:

  1. Espectáculo, quem me dera fazer uma viagem assim... =p

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    1. Vais fazer, Miguel, montes de viagens, com o teu príncipe, não tenho dúvidas. E se forem a Genebra, não te esqueças, eu ofereço o café.

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  2. Só vi de interessante o lago, mas também confesso conhecer mal a cidade.

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    1. É uma cidade cara, o que não facilita muito. Mas tem coisas giras para além do lago. O que mais lamento foi não ter dado para ir ao CERN.

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  3. Combinado, vou já marcar as férias a Genebra, enquanto tens as fichas para o café ;)

    Abraço

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  4. Bah, prefiro que me ofereças um café noutro sítio qualquer, achei Genebra muito entediante.
    Abraço.

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  5. Pra mim o melhor de Genebra é mesmo a cantina das nações unidas... :)

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