O Hostal Atenas, em Granada, apesar de ser apenas de 2 estrelas, era melhor que o de Córdoba. Ficámos no último andar, pelo que tínhamos uma boa vista sobre a cidade, mas não a aproveitámos muito.
No check in no hotel perguntei ao recepcionista como deveria fazer para irmos ver uma das 7 novas maravilhas do mundo, o Alhambra. Perguntou-nos se não tínhamos já adquirido o bilhete (não tínhamos) e explicou-me que apenas 30% dos bilhetes são vendidos no local, todos os outros são vendidos on-line. Ora, acontece que quando a bilheteira abre o número de pessoas na fila já esgota esses 30%. O conselho dele era irmos para a fila quanto antes, nunca depois das 7 da manhã. Entrei em desespero. Visitar o Alhambra era um dos momentos altos da nossa viagem, e nunca me tinha passado pela cabeça que isso podesse não acontecer. Não estive de modas (e o P, coitado, não teve alternativa). Dormimos 4 horas e pouco depois das 6 da manhã engrossámos uma das 3 filas com mais de 50 pessoas cada que aguardava pelas 8h30 para comprar a entrada. Revezámo-nos para ir tomar o café da manhã na cafetaria do sítio, que felizmente já estava aberta.
Podia dar aqui grandes explicações sobre o que é o Alhambra, a sua história e os seus encantos. Podia mas não o faço, há imensa informação sobre a joia da coroa andaluza pela internet e não estou para vos dar grandes secas. Ficam as fotos, e a minha garantia que este é um dos sítios mais espetaculares onde já estive.
Saímos do Alhambra por volta do meio-dia. O preço do parque de estacionamento conseguiu ser maior que o da entrada na própria atracção! Enfim... Não sabia muito bem para onde ir de seguida. Ainda estava encantado com o Alhambra, mas o P começou a argumentar que nunca tinha visto neve a sério, e a Sierra Nevada estava ali ao lado, coberta de neve, a olhar para nós. 30 minutos depois estávamos a 2300 metros de altitude, a beber um café no meio da neve. É impressionante como em meia-hora passámos de 29º para 4º de temperatura, de um solinho bom para um cenário gelado. Brincámos um bocado por lá, como dois putos, a mandar bolas de neve um ao outro e a correr (e estatelar-nos) no meio da neve. Felizmente tínhamos sapatos e meias no carro para trocar.
De volta a Granada, parámos em alguns miradouros no caminho, para o tradicional stop-and-shot fotográfico.
Fizémos um percurso pedestre um bocado aleatório. Com o Lonely Planet, o GPS e um trilho sugerido pelo posto de turismo ao longo de alguns marcos importantes, fomos andando e virando por onde nos parecia mais interessante, sobretudo no caótico antigo bairro muçulmano, o Albayzín.
Passámos pela Capela Real, onde estão enterrados os Reis Católicos...
a Catedral...
a Alcaidaria e a Praça Bib-Rambla, onde a Santa Inquisição organizava 'churrascadas'...
o Mosteiro de São Jerónimo...
Saímos para Málaga ainda durante o dia. Na verdade, nem íamos ficar em Málaga, iriamos ficar em Torremolinos, um sítio sem grande graça, a 8 km da cidade, pejado de turistas ingleses e alemães. A melhor relação qualidade-preço levou-nos para o Hostal Guadalupe, um pequeno hotel simpático logo em frente à praia. Na recepção estava o Pedro, e percebemos logo que ele jogava na nossa equipa. Quando perguntou se tínhamos preferência na cama, deu-me para mais um first, e pela primeira vez na vida (em relações homossexuais) disse 'Cama doble, por favor'. O Pedro sorriu, e deu-nos um dos melhores quartos do hotel. Perguntou-nos se já conhecíamos Torremolinos, e disse-lhe que não, apesar de não ser bem verdade. Então ele saca de um mapa, o Mapa Gay de Torremolinos e começa a assinalar bares e discotecas gays ali perto, enquanto fazia comparações com o Bairro da Chueca em Madrid.
Já passava das 21h, mas talvez por ser quarta-feira, ou por estar um pouco de frio e ter chovido à tarde, ou por ser cedo para o padrão espanhol, não se via ninguém nas ruas. Espreitámos um alguns dos bares que o Pedro tinha assinalado, mas estava tudo às moscas, apenas um mais preenchido, mas muito leather para o nosso gosto. Acabámos por jantar no Burger King, e comemos um gelado de iogurte no Smöoy, antes de voltar para a nossa cama de casal. ;-)
Que saudades de Granada... tenho uma amiga que vive lá e já lá passei bons momentos... :) não foram aos churros com chocolate quente??
ResponderEliminarPor acaso churros com chocolate quente, que me lembre, comemos na Feira da Azambuja. Lol, não é piada.
EliminarNão será certamente a mesma coisa! :)
EliminarPois não... da próxima vez falo contigo primeiro. Faltam três semanas para a próxima viagem. ;)
EliminarE desta vez para onde vão?
EliminarDaqui a uns dias revelo. Há que manter o suspense. Para já, digo-te que é um país fora da Europa Continental e que entra no festival. Não há muitas hipóteses...
EliminarGranada "confunde-se" com o Alhambra...
ResponderEliminarÉ uma pena que agora, em toda a Europa esteja em vigor a compra de bilhetes on line.
Quando eu fiz a maior parte das minhas viagens comprava-se o bilhete naaltura, mesmo que demorasse um pouco a esperar a nossa vez.
Agora, bate-se com o nariz na porta...
Torremolinos, no Verão é muito bom, tem uma grande vida gay e praias perto muito interessantes. Passei lá 2 semanas num Verão e diverti-me muito.
Normalmente até vejo a compra online de bilhetes com bons olhos, já tirei partido disso várias vezes. Mas nunca me passou pela cabeça que os bilhetes pudessem esgotar antes mesmo da bilheteira abrir.
EliminarJá tinha estado em Torremolinos, mas não me tinha apercebido da vida gay por lá. Mas não gosto muito da praia, não gosto de praias de areia escura.
Continuo adorar a tua narrativa e a tirar apontamentos :)
ResponderEliminarAbraço x 2
Espero que um dia os aproveites, com uma boa companhia.
EliminarPois, Granada é dos meus grandes lapsos, nunca lá fui e só para ver o Alhambra vale a pena de certeza. Já Torremolinos conheço e detesto. Apesar de tudo, ali ao lado prefiro Marbella e Puerto Banus.
ResponderEliminarAbraços.
Sim, Torremolinos é detestável, mas foi curioso termos ficado num hotel com apenas 10 quartos, gerido por um casal gay muito simpático.
EliminarQuanto ao Alhambra... agarra no teu mais que tudo e faz-te à estrada. Mas compra os bilhetes antes!