dois coelhos

Esta é a nossa história, dois rapazes destinados um para o outro, que se conheceram quando um tinha 20 anos e o outro 26.
Desde esse dia que a nossa vida mudou para sempre! E vocês são as nossas únicas testemunhas!

sábado, 31 de dezembro de 2011

Balanço

Daqui a alguns minutos vou sair de casa, para jantar e passar a meia-noite com amigos. O P saiu há minutos para casa dos pais. As doze badaladas é apenas uma formalidade, porque já celebrámos o nosso reveillon ontem.

Apesar de achar uma idiotice, nesta altura vem sempre à memória os momentos positivos e negativos do ano, e as resoluções para 2012.

2011 foi um ano rico em acontecimentos para nós. Apesar de todas as condicionantes externas, acho que foi um ano muito feliz. Logo no início o P mudou-se cá para casa. Para que não sabe ou não se lembra, partilhamos uma casa com mais amigos, que normalmente ficam por períodos de 6 meses ou um ano (são estudantes). Cá em casa ninguém sonha que eu e o P temos uma relação, o que propicia a situações caricatas quase todos os dias. Claro que preferia viver só com o meu bunny, e até podia estabelecer isso como objetivo para 2012, mas dada a situação atual isso não me parece muito verosímel.

Consegui em 2011 visitar um novo continente. Claro que 'visitar um novo continente' tem muito que se lhe diga, os continentes são vastos e África não fica vista depois de 10 dias na Tunísia. Em 2012 espero que continuem as viagens, mas a troika não vai facilitar...

Além da viagem à Tunísia e o tour europeu, fomos ao Minho, a Trás os Montes e a Viseu, Alto Alentejo, a Salamanca, a Madrid e a Santiago de Compostela. Nada mau!

Um falhanço total foi a resolução de conseguir progredir na carreira. Infelizmente, faço exactamente o mesmo que fazia há 365 dias atrás, e o meu ordenado não aumentou 1 cêntimo, pelo contrário, em termos relativos até diminuiu. Se eu soubesse o que sei hoje...

Depois do Luís e do Gonçalo em 2010, em 2011 casaram o Luís e o Cristóvão (que por pouco não foram o Casamento do Ano). Claro que muitos outros casais do mesmo sexo deram o sim neste ano, o facto de serem pessoas que conhecemos deste mundo virtual dá-nos uma alegria maior. Como disse na altura, de certa forma, a festa deles é também nossa.

A todos vocês, os nossos mais sinceros desejos de um excelente 2012. Como dizia Raul Solnado, 'Façam o favor de serem felizes!'

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Dois coelhos na cama!



Hoje vou revelar mais um aspecto que nos distingue, e este num momento muito particular da nossa vida íntima... nós os dois, na cama.

Enquanto o P era ainda só um amigo, muito antes de ter coragem de lhe perguntar se queria namorar comigo, falámos sobre os nossos hábitos na cama (em termos de dormir, que este blog ainda não tem avisos para maiores de 18).

Naquela altura, disse-me o meu rabbit, era muito friorento e dormia com 2 endredons e não sei quantos cobertores. Fiquei com essa na cabeça, e foi em parte por causa disso que aconteceu este acidente.

Começámos a namorar no inverno, e quando o P começou a dormir cá em casa (muito antes de se mudar para cá e ter o seu próprio quarto) começou o meu sacrifício... mesmo com o aquecedor ligado all night long, dormíamos com um endredon de aquecimento, dois cobertores e o P de pijama (mesmo no verão, o P dorme sempre de pijama; eu costumo ficar só de boxers). Era uma sauna que eu passava toda a noite, não percebo como é possível que ele não suasse uma gota.

Depois de algumas noites terríveis, em que para além de destilar que nem um cavalo ainda tinha de o ouvir a protestar a dizer que eu molhava a cama toda, passámos a dormir com mais cobertores de um lado que do outro (o que numa cama de 90cm é ridículo). Entretanto o tempo foi passando e chegaram temperaturas mais amenas. E eis que o meu rabbit passou de friorento a encalorado (mas sempre de pijama).

Assim passei do Sahara para o Polo Norte, em que o meu sweetie para além de dormir destapado ainda liga a ventoínha. Nas noites mais quentes é tolerável, mas nas outras rapo um frio desgraçado. Mas assim tenho sempre uma boa desculpa para me enroscar a ele. ;-)

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

As 3 Músicas

O Sad Eyes lançou o desafio de selecionar três músicas que nos acompanham e que ouviremos para o resto da vida. Eu e o P temos gostos musicais bastante opostos, por isso nas primeiras 50 músicas da vida de cada um não devemos ter nenhuma em comum...

Este post revela-se especialmente pertinente porque só há poucos dias descobri que uma das minhas músicas preferidas foi grosseiramente amputada para banda sonora de um programa de televisão que abomino, o Peso Pesado (podiam ter mantido a versão original).

Portanto, a minha primeira música é o Proud, de Heather Small, uma música que me dá vontade de fechar os vidros do carro e subir o volume do rádio até ao máximo, um pouco como o Speedy faz.A música faz parte do conjunto de promoção dos Jogos Olímpicos de Londres 2012, e este videoclip está fantástico, apesar da qualidade da imagem não ser a melhor. David Beckham, Amir Khan, Kelly Holmes, Roger Moore, Jeremy Irons, Helen Mirren, Joseph Fiennes, just to name a few, são algumas das individualidades que aparecem neste vídeo e que me trazem tantas saudades de Londres...




Outra música que marcou uma fase importante da minha vida foi The Reason, dos Hoobastank. ficou associada a uma das últimas e mais intensas relações hetero que tive, e que ajudou bastante senão a definir a minha sexualidade, a conhecer-me em termos amorosos e afectivos. Curiosamente ainda hoje, com uma relação gay e muito feliz, olho para o P e ainda penso na letra desta música.

Estive para preterir esta música à dos 3 Doors Down - Here without you, mas penso que esta é-me mais significativa.


Escolher a terceira música não foi nada fácil. Desde do Summer of 69 do Bryan Adams, que me acompanhou na adolescência e faculdade (e ainda hoje), I don't wanna miss a thing dos Aerosmith, que costumo cantar em voz baixa quando o P já dorme ao meu lado, Meat Loaf I'd lie for you ou mesmo a Estranha forma de vida, da 'nossa' Amália, a decisão foi difícil, refletida e, acredito, acertada:


quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Este post já tem algum tempo de atraso. Na verdade, muitos meses de atraso.
Ao longo dos últimos tempos, muitos têm abandonado o mundo dos blogs, pelo menos enquanto parte ativa. Não querendo esquecer que também têm aparecido algumas boas revelações, fica sempre um vazio quando o meu reader deixa de registar atividade de algum daqueles blogs que eu já seguia mesmo antes de ter começado aqui as Histórias de Coelhos.

Os motivos que levam alguém a terminar um blog são infindáveis. Por vezes cansaço, por vezes falta de inspiração, falta de tempo, desmotivação... Por vezes o nosso blog é descoberto. Para quem, como eu e o P, está bem dentro do armário (e mesmo quem não esteja), o blog é um veículo de comunicação, o espelho de uma parte da nossa personalidade que não exteriorizamos habitualmente. No nosso caso, como em tantos outros, é mesmo o ÚNICO veículo. E quando alguém descobre essa porta secreta para o nosso castelo (parafraseando o Calvin, já passou por isso, quando ainda usava outro heterónimo) há toda uma ameaça que se levanta e nos assusta.

Há gente muito estúpida. Se há verdades absolutas, esta deve ser uma delas. E há pessoas que não só descobrem a nossa 'porta', como nos passam a ameaçar, a publicar comentários ofensivos, muitas vezes anónimos, ou, na vida real, no dia a dia, a transformar a vida de alguém que só quer ter o seu direito à felicidade num inferno. E nem sempre somos fortes o suficiente ou temos paciência para continuar aqui a escrever, e a aguentar com estas bestas quadradas lá fora.

Estou cansado de escrever. Penso que já perceberam o point. Só falta dizer uma coisa: este post é dedicado ao Edu, e a todos os outros que abandonaram a blogosfera porque lá fora há pessoas tão estúpidas e com uma vida tão mezquinha que a única coisa que sabem fazer é atormentar a vida dos outros. Para eles, uma velha praga judaica: "Que lhe caiam todos os dentes da boca, menos um — e que esse lhes doa muito”

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Vila Real and that's it!

A Pousada da Juventude de Vila Real é uma das piores em que já tivemos. Não fosse a capa do preservativo que encontrámos na de Braga, e esta tomaria o lugar de pior do país. O que mais me desagradou foi o vidro na porta do quarto, que apesar de não ser liso permitia distinguir vultos no interior e impediu que 'fossemos felizes em Vila Real'. Enfim, não se pode ser feliz em todo o lado, certo?

Pensar em Vila Real é pensar na Casa de Mateus, essa mesmo que produz os doces e compotas tradicionais. Foi o primeiro sítio onde levei o P, logo pela manhã, e a visita guiada foi excelente. Para variar, éramos os únicos turistas por ali e merecemos uma especial atenção da guia. Foram cerca de 2 horas, entre visita guiada ao interior e deambulação pelos jardins. 

Já cerca da hora de almoço voltámos a Vila Real para almoçar e explorar a cidade. Passámos no posto de turismo para pedir mapas e algumas informações, mas... a funcionária, depois de assinalar 3 igrejas que deveríamos visitar, diz-nos "Vila Real é pequeno e vê-se em 30/40 minutos".  Achei de mau tom, como funcionária do posto de turismo tinha mais era que 'vender o seu peixe' e enaltecer as atrações da terra. Enfim... 

Estabelecemos o nosso roteiro com base no mapa, e logo por detrás de uma das igrejas descobrimos um bom museu (Vila Velha Museu) e um miradouro fantástico. 




Acabámos por ficar em Vila Real  até ao anoitecer. O objetivo não era contrariar a senhora do posto de turismo, mas acabámos por encontrar bastantes pontos de interesse em Vila Real e fizemos algumas compras no comércio local. 

À noite voltámos para Lisboa, uma viagem de cerca de 4 horas. E assim fica fechado o nosso livro de viagens de 2011. Mas não a nossa imaginação, que já estamos a pensar onde havemos de ir a seguir.

domingo, 18 de dezembro de 2011

De Bragança a Vila Real...

Apesar de ser a capital de distrito mais distante de Lisboa, frequentemente associada ao isolamento e desertificação (talvez por isso quase 50% dos turistas são espanhóis, ao que se juntarmos franceses e holandeses ficamos com quase 70% dos visitantes), Bragança é uma cidade dinâmica e atrativa.

A pousada da juventude de Bragança, como disse no último post, é uma das melhores onde já estivémos. Como o centro histórico não está muito disperso, passámos a manhã essencialmente a visitar algumas atrações, a pé. Começámos pela Sé, do sec. XVI e ampliada pelos Jesuítas. Da Praça da Sé já se vê, destacadamente, a Torre de Menagem do castelo. Claro que fomos até lá, aproveitando para explorar uma série de pontos de interesse no caminho, donde destaco o Museu do Abade de Baçal (80 cêntimos, bendito Cartão Jovem até aos 30!).
Praça da Sé, com o castelo ao fundo
Bragança entre as nuvens

Saímos de Bragança em direcção a Chaves, mas acabámos por mudar de planos e em Vinhais virámos para Mirandela, por um dos mais belos percursos do nosso país (informação do ViaMichelin, confirmada por nós!). A isso ajudou, claro, o dia bonito, apesar de frio e o cair das folhas do outono. Parámos no caminho para comer qualquer coisa com a vista soberba, e demos uma volta por Macedo de Cavaleiros, uma terra desenxabida e sem qualquer interesse (desculpem lá qualquer coisinha, Macedenses).

Chegámos a Mirandela ao crepúsculo (sem vampiros), mas ainda sem muita fome. Pensar em Mirandela é também pensar em alheiras; eu não gosto mas o meu rabbit, pelo contrário... Demos uma volta pela cidade, a tentar decidir onde seria o jantar, mas ainda era um pouco cedo e nenhum restaurante pareceu muito apelativo pelo que acabámos por fazer mais uns quilómetros até Vila Real. Fizemos o check in na... Pousada da Juventude, lol, e seguimos a sugestão da rececionista de ir comer às melhores francesinhas do país (já ouvi esta história tanta vez...) ao Restaurante Status
Mirandela ao crepúsculo

O restaurante não é nada 'por aí além', mas muito 'em conta'. O P pediu a francesinha clássica sem picante, eu optei pela de camarão. Não sendo um apreciador, admito que a minha até estava boa. O P adorou a dele, disse que era das melhores que já tinha comido. Ele contente pela francesinha, eu contente por ele estar contente. Acreditem que é impossível vê-lo feliz e não sentir um calorzinho cá dentro (momento lamechas patrocinado pela Kleenex).
Fusão de francesinhas!

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Trás os Montes II

Depois de sairmos do Museu do Côa, como já não dava para visitar as gravuras originais, seguimos para Torre de Moncorvo, onde demos uma volta pela vila. No entanto, ao invés de seguir para norte, decidimos voltar para trás para não perder a oportunidade de ir a Trancoso (já agora, riam-se com isto), com paragem em Mêda no caminho.

Mêda


Em Trancoso almoçámos no restaurante Área Benta, no centro histórico, e não perdemos a oportunidade de provar as Sardinhas Doces de Trancoso, deliciosas.


Seguindo viagem, o destino seguinte foi Pinhel, onde parámos para ver o Castelo. O funcionário ficou tão surpreendido com a nossa visita (a primeira do dia, apesar de já serem 15h30) e ofereceu uma visita guiada. :)
Castelo de Pinhel

Em Castelo Rodrigo encontramos uma das aldeias mais pitorescas do país (faz parte da rota das aldeias históricas, uma das melhores iniciativas turísticas do interior). Também aqui o castelo estava às moscas, o que é uma pena, porque é muito giro e tem imensos vestígios arqueológicos.


Freixo de Espada à Cinta é conhecido por ser longe de tudo, onde Judas perdeu as botas, já no distrito de Bragança. Infelizmente entretanto já era de noite, e tivemos de fazer o tour Freixo-de-Espada-à-Cinta by night no bunnycar, tal como Mogadouro, Miranda do Douro e Vimioso. Tive especial pena de não poder mostrar Miranda do Douro by day ao meu rabbit, onde se fala a segunda língua oficial de Portugal (eu sei que a Constituição só refere uma, Mark e 00:15).
Miranda do Douro

Fomos dormir à Pousada da Juventude (como não podia deixar de ser!) de Bragança, uma das melhores onde já estivemos. Em Abril éramos para ter lá ficado, mas por estar esgotada acabámos por ficar em Alijó, mas desta vez não falhámos.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Vila Nova de Foz Côa

Cerca de duas semanas depois de regressarmos da nossa epopeia europeia, fizemos mais uma viagem, uma escapadela de 5 dias a Trás-os-Montes.


Aproveitando que as SCUTs ainda eram gratuitas, saímos de Lisboa e fizemos o percurso pela A1 até Torres Novas e A23 até à Guarda. Supostamente a partida era às 10h, mas a amplitude térmica entre a nossa cama e a temperatura exterior levaram-nos a um atraso de 4 horas! Mesmo assim, fomos bem a tempo de um jantareco simpático e baratinho no Restaurante Dallas (o far-west em Foz Côa!) e uma volta pelo centro da vila.


Ficámos na Pousada da Juventude de Vila Nova de Foz Côa (há que aproveitar, porque parece que a maioria das pousadas vai fechar ou ser privatizada...).A pousada não é muito boa, as camas são minúsculas e os quartos um bocado frios, por isso tivémos de fazer alguma fricção para aquecer... ;-)

Já tinha ido a Foz Côa há alguns anos atrás, quando andei a explorar esta zona do país. Nessa altura ainda não estava decidido o que fazer com a barragem, e muito menos estava projetado o Museu de Arte Rupestre (Museu do Côa).
O museu é giro, e fica muito bem enquadrado na paisagem. Tem réplicas das gravuras e meios audio-visuais que ajudam a perceber os Miguéis-Angelos do Paleolítico. Felizmente o acesso às gravuras só pode ser feito por visita guiada, infelizmente já não havia vagas...




domingo, 11 de dezembro de 2011

How Do I Meet You?

Acho que nunca disse por aqui, mas uma das minhas séries preferidas é How I Met Your Mother, tristemente traduzido para português por "Foi assim que aconteceu".

Como cereja em cima do bolo está o fantástico Neil Patrick Harris, um dos melhores atores da atualidade, no papel brilhante de Barney Stinson.


Na vida real, Neil Patrick Harris namora com outro ator, David Burtka (casamento para breve) e têm dois filhotes (isto é que me dá uma inveja...)










Este é um dos meus momentos preferidos:


sábado, 10 de dezembro de 2011

Eurobunny tour: the end!

Segunda feira, último dia de férias. Agora sim, era verdade.

Depois do pequeno almoço (de 5 estrelas) rumámos para sul, de volta à Itália. Queria mostrar ao meu bunny um dos lagos mais bonitos de Itália, o Lago Como. Até o George Clonney tem aqui uma casa! Partes do filme Oceans Twelve foram feitas aqui.


Um pequeno ferry faz a ligação de Menaggio para Bellagio, uma aldeia linda que serviu de inspiração para o Casino Bellagio, em Las Vegas (um dia havemos de lá ir!). De Bellagio o percurso até Como é considerado um dos mais bonitos do mundo (mas cheio de curvas). Basicamente eu conduzia e o P tirava fotos.
Menaggio
Bellagio


A cidade de Como é também espetacular. Não tinhamos muito tempo, mas ainda fomos tomar um 'brunch' ao Club Nautico e demos uma volta pela cidade.



Daí a Milão foi um instante. Sem atrasos, apanhámos o avião de volta para Lisboa. Sabe bem voltar a casa. Quando olhamos pela janela do avião e vemos a cidade, há uma nostalgia que invade, uma sensação de pertença que não consigo explicar. Talvez seja só comigo, enfim. Como o meu lindo me diz às vezes, "J, tu não és normal!"

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Não percebo...

Não percebo porque continuam a fazer videoclips gay-friendly para músicas espetaculares... ficam sempre tão lindos!!!


quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Eurobunny tour Suiça

Depois de entrarmos na Suiça e à medida que íamos subindo começou a ficar mais frio e tivemos de fechar a capota. Lá se foi o cliché gay. Os bancos do carro tinham aquecimento integrado, e o P estava sempre a por-me a assar. Quando dava conta, já o termostato estava no máximo e eu com as costas a escaldar.

Encontrámos a vaca da Milka no caminho...

Como tinha planeado, à hora de jantar chegámos a Lugano, uma cidade pitoresca no meio das montanhas, no Cantão Italiano da Suiça. Fomos jantar ao Al Trenin, um restaurante gourmet com uma vista espetacular para o lago, a montanha com neve no cume e para uma parte da cidade.



A vista era esta, porque já era de noite, só falta a neve no cume da montanha.


Depois de um curto passeio pela cidade fomos em direção ao próximo spot do Google Maps, a cerca de 15 km, a «pousada da juventude», como disse ao P, onde íamos ficar. Quando parei em frente ao Swiss Diamond Hotel, um dos melhores hoteis 5 estrelas da Suiça, e o porteiro veio abrir a porta do descapotável ao meu incrédulo bunny, ele só disse 'O que é isto???'.


Ficámos numa das suites, com vista para o lago, com uma cama de casal que dava para dar um baile em cima. No quarto, para além da carta do gerente do hotel a desejar uma boa estadia, havia uma caixa de trufas e uma garrafa de champagne, cortesia do hotel, que guardámos para mais tarde. ;-)


O hotel tem spa, e por isso fomos até lá relaxar um bocadinho. O meu lindo não gosta muito de sauna (eu adoro), mas ficou eternidades no jacuzzi enquanto eu 'fazia' umas piscinas.


Depois viémos para o quarto, tomámos um banho de imersão demorado (à Speedy), com velas, trufas e champagne, e deixámos isto para vocês:

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Regresso ou talvez não

No dia seguinte, Domingo, era o dia do nosso regresso. Pelo menos era o que o P (e a minha sogrinha) pensava.

Saímos de casa do Giancarlo por volta das 9h, já com os minutos contados. Porém, desta vez as coisas não estavam a correr bem. Apanhámos o combóio errado, que nos levou num percurso de 20 minutos para uma apeadeiro no meio de nenhures. O revisor indicou-nos que esperassemos ali pelo próximo combóio no sentido inverso, que levaria 30 minutos a chegar. O P estava numa pilha de nervos, eu ia contando anedotas e lembrando episódios caricatos para o animar, mas ele só dizia "Não vez que vamos perder o avião? Não estou a perceber qual é a graça disso". Ainda tentei argumentar que talvez o avião atrasasse, mas percebi que o meu coelho tinha o burro amarrado e não havia nada a fazer.

Quando chegámos ao aeroporto no ecrã já dizia 'Boarding' no voo da Easyjet para Lisboa. Disse-lhe 'Vamos ver se ainda dá para despachar a mala', e comecei a caminhar no sentido Partidas. Porém, quando passámos num certo ponto insisti que apanhássemos um elevador, ao que ele me diz "Mas não é por aí". "Eu conheço um atalho", disse-lhe.

No piso de baixo havia uma série de balcões, de diferentes companhias de rent-a-car. Sentei o meu lindo numa cadeira e disse-lhe "Amor, nós não vamos hoje para Portugal". Claro que os meus sogros vieram logo à baila, "Eu disse aos meus pais que voltávamos hoje, eles pensam que estou em Sevilha!". "Ligas mais logo à tua mãe e diz-lhe que em vez de ires hoje para Lisboa e conduzirem durante a noite preferem dormir em Sevilha e ir amanhã durante o dia!". Lá se acalmou, e aí eu tirei da mala a reserva para o pequeno bolinhas que tinha reservado pela AVIS... um descapotável! Ah pois é, meninos, eu disse-vos que o dinheiro que poupámos a ficar em sofás pela Europa permitia depois algumas extravagâncias.

Não fiquei completamente satisfeito com a reserva, porque queria o Audi mas atribuiram-me um Focus convertível. Ainda assim o carro não era nada mau! Já lá dentro, ainda no aeroporto, passei algumas folhas para o P, completamente aparvalhado, onde tinha impresso um percurso de cerca de 250 Km do Google Maps. Um percurso que subia ao longo do Lago Maggiore, até... à Suiça!

Pelo caminho fomos parando aqui e ali para tirarmos fotos, porque a paisagem é espetacular. Parámos em algumas localidades pelo meio, para comer, beber café, visitar monumentos... é impressionante, em Itália cada cidadezinha minuscula parece um museu, a arquitetura e, neste caso, o enquadramento com o lago cria cenários dignos de postal. Infelizmente o cartão da máquina fotográfica já estava cheio e o telemóvel tem uma baixa definição, pelo que tive de ir tirar a maioria destas fotos à net:

Verbania, um dos sítios onde parámos para andar um pouco pela cidade.
Uma das ilhas do Lago Maggiore