dois coelhos

Esta é a nossa história, dois rapazes destinados um para o outro, que se conheceram quando um tinha 20 anos e o outro 26.
Desde esse dia que a nossa vida mudou para sempre! E vocês são as nossas únicas testemunhas!

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Viagens...

Acho que nunca disse aqui, mas tenho um monte no Alentejo. Eu próprio não sabia, mas foi o nosso querido Mike que nos mandou esta foto a comprovar o facto. Por isso, estão todos convidados a aparecer lá por casa para uma churrascada (que não será de coelho!) e dar um mergulho na piscina. Claro que se o S. Pedro lá aparecer, eu próprio me encarregarei de o assar no espeto, tão mau tem sido o verão que ele nos arranjou.
Meanwhile, e enquanto não chega o fim de semana para a nossa aventura da terceira idade, vou-vos enquadrar um pouco naquilo que são as perspetivas de viagem para mim e para o P. Afinal, se estamos juntos há quase dois anos, é porque também temos coisas em comum. Mas... não em relação a viagens.

Considero-me uma pessoa viajada para a maioria das pessoas da minha idade. Tive a sorte e o discernimento de aproveitar as oportunidades que me surgiram em termos de viagens. Quatro continentes, uns 15 países, a quase totalidade do país exceto Açores e Portalegre (ui, Mike, perdoa-me). Ao longo destas viagens passei naturalmente muitas peripécias, dias sem comer ou apenas a pão e água, noites em hoteis de 5 estrelas ou estações de combóios...

No início do ano fizémos, como toda a gente, os nossos planos para 2011. Entre esses planos, elaborámos cada um uma lista de cinco países que gostaríamos de visitar (não todos necessariamente em 2011, claro!). Surpreendentemente (ou não), não temos nenhum país em comum. Aqui fica, em primeira mão, as nossas escolhas:

J:                             P:
Islandia                    Itália
Mexico                     França
Tailandia                  Holanda
Malásia                    Bélgica
Argentina                 Suiça

Dos países escolhidos pelo P estive em 2. Porém, o que quero ressaltar desta lista não é os diferentes países, mas o tipo de país que são. Da minha lista, à exceção da Islandia, todos são países pouco desenvolvidos, onde sair fora do circuito turístico (que é o que eu gosto) pode ser perigoso. O P gosta de países 'de qualidade', como ele diz, de atrações turísticas e de lojas de souvenirs. Nem sei como aceitou ir à Tunísia (por acaso até sei, disse-lhe que iriamos ficar sempre no hotel...). E que saudades que eu tenho de Hammamet...


quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Mister Charly, Terra Nostra, Vefa Travel


No ano passado perguntei aqui se alguém conhecia as agências de viagem Terra Nostra, Mister Charly e Vefa Travel. São agências de viagem que atuam num nicho de mercado, que são as viagens com vendas associadas (apesar de também fazerem viagens sem vendas). Quem repara nos folhetos que deixam nas caixas de correio já deve ter dado conta dos preços abaixo da média que costumam apresentar, em viagens feitas de autocarro e com tudo incluído. Não deve ser à toa que esse é o post do nosso blog que mais visitas tem, até porque uma pesquisa no google sobre estas agências nos coloca logo nos primeiros lugares (lá os tipos do google devem pensar que somos uns experts!).



A minha vontade de experimentar uma coisa destas não vem de agora, sempre achei que com uma companhia divertida a viagem até pode ser bastante interessante. Tem a parte das vendas, é certo, mas isso é uma questão de resistir à persuasão dos vendedores.

E já estão a adivinhar onde é que isto chega... consegui dar a volta ao P e na próxima semana vamos experimentar uma coisa diferente.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

My Beautiful Laundrette

Não, não vou falar desse filme fantástico. Para falar de filmes fantásticos temos os cinéfilos Psi, Ikki, Adam, Sad Eyes, Cp, Speedy and so on, que com alguma regularidade me deixam de consciência pesada de não dedicar mais tempo à 7ª arte.

O título deste post serve apenas para fazer a introdução a mais um tema controverso aqui em casa. Na continuação do post Uns trapinhos, em que falava das diferenças entre mim e o P no que toca à aquisição de roupa, esta é a continuação, ou seja, do tratamento da roupa cá em casa.

Não me considero desorganizado, até porque não acho que desorganizado e desarrumado sejam necessariamente sinónimos. Se é verdade que sei onde tenho tudo, não é menos verdade que a minha secretária (à semelhança do meu desktop) tem um aspecto, digamos... caótico. E nem pensem em abrir as minhas gavetas da cómoda. Na primeira há t'shirts e polos de manga curta. Na segunda, polos de manga comprida e camisolas leves. Na terceira, roupa interior, de praia, equipamento do ginásio. And that's it. No camiseiro as cerca de 30 camisas (não tantas como o Myke) estão separadas de acordo com uma lógica muito simples: as passadas a ferro à direita, as por passar à esquerda.


Vou fazer agora um pequeno trabalho de investigação, relatado em tempo real... Aproveitando que o P não está em casa (porque seria impossível faze-lo com ele aqui) vou abrir a primeira gaveta da comoda dele... roupa interior, imaculadamente dobrada e alinhada de acordo com o tipo e a cor. Segunda gaveta... toalhas dobradas de um lado, pijamas do outro, tudo como se estivesse exposto na loja. Terceira gaveta... meias. À direita as mais claras, à esquerda as mais escuras, todas dobradas e alinhadas numa simetria perfeita. Não me atrevo a abrir mais gavetas sob risco de entrar em depressão!
 
Não querendo prolongar muito este post, vou-vos descrever como é um dia de lavagem de roupa aqui em casa:
J (eu) - P, tens roupa para lavar?
P - Depende. É roupa clara, escura, colorida, de lã ou de algodão?
J - Hummm... é desses tipos todos que disseste.
P - Ok, eu ponho a roupa a lavar. Tu não percebes nada disto.
(depois da roupa lavada, saltando o drama das quantidades e tipos de detergente e amaciador e do programa e temperatura da máquina de lavar...)
J - A máquina já acabou de lavar, vou estender a roupa.
P - Mas tens de a sacudir antes de estender.
J - Sacudir??? Para quê?
(O P não me responde, simplesmente larga o que está a fazer e vai estender a roupa).
(depois de seca...)
J - Vou apanhar a roupa.
P - Desde que a estiques e dobres.
J - Não me vou pôr a dobrar boxers...
(novamente o P expulsa-me do estendal. Passado uns minutos aparece-me à frente, com meia dúzia de boxers imaculadamente dobrados, pares de meias devidamente enroladas e direitinhas, etc. e diz-me com tom de ameaça...)
P - És capaz de pelo menos arrumar esta tua roupa?



E eu, sob a supervisão atenta do meu dono, lá tento colocar os trapinhos o mais direito possível nas minhas caóticas gavetas. Uff!

domingo, 7 de agosto de 2011

Alto Alentejo

Este post já vem com algum tempo de atraso, mas o trabalho, a vida social e o namoro não me permitiram ainda falar sobre mais um passeio nosso.

No início, quando idealizei a criação do blog, antes ainda de ter falado ao P sobre isso, o que tinha pensado era fazer um blog sobre viagens, sobre os sítios onde íamos, um pouco tipo o nosso 'diário de bordo'. Entretanto, foi impossível não ultrapassar essa fronteira, e por isso este blog é o lado visível da nossa relação, que para quem não sabe, permanece secreta até mesmo para as pessoas com quem partilhamos a casa.

Falando então concretamente desta viagem, há já algum tempo que tinhamos falado sobre ir a Évora. Já era suposto termos lá ido, mas uma discussão mesmo à entrada da cidade abortou os planos do P de me fazer essa surpresa. Ainda bem que ele é paciente...

O percurso foi definido pelo P, que conhece esta zona melhor do que eu. Começámos precisamente pela capital da província do Alto Alentejo, Évora.  O estacionamento fora das muralhas da cidade é gratuito, e a cidade é boa para andar a pé (felizmente não estava muito calor). Havia imensos turistas!

Aqui ficam algumas fotos...
Igreja de Nossa Senhora da Graça

Praça do Giraldo, com a Igreja de Santo Antão


Igreja de São Francisco


Capela dos Ossos (sim, são caveiras...)

Sé Catedral de Évora

Largo Conde de Vila Flor, com o Templo Romano (aka Templo de Diana) ao fundo
Depois de um almoço numa esplanada simpática seguimos para Evoramonte, com um castelo único. A vista é fantástica, só não se via era ninguém nas ruas. Estariam a dormir a sesta?

Castelo de Evoramonte, bastante diferente do habitual

Depois Estremoz (tanto que eu já havia ouvido falar do Largo do Gadanha!)...

Largo do Gadanha


Borba, Vila Viçosa - infelizmente o Paço Ducal já estava fechado, mas lanchámos uma sericaia fantástica.

Paço Ducal de Vila Viçosa
Depois de Vila Viçosa fomos a Elvas. Foi uma visita curta, concentrada no centro histórico e no castelo. Eram cerca de 20h30, um fim de tarde fantástico, para ser perfeito só faltou podermo-nos abraçar a ver o pôr do sol, ali na muralha. Pedi-lhe 'a patinha', mas nem a isso tive direito, lol.

Praça da República em Elvas

Vista do alto da fortificação de Elvas


Com o depósito nas lonas, fomos atestar o depósito a Badajoz, e aproveitámos para jantar por lá. Fiquei encantado com Badajoz, ali ao lado de Elvas e tão diferente! Merece uma nova visita, qualquer dia. Afinal, em pouco mais de 2h já estávamos em Lisboa!

O 'ayuntamento' à noite


Castelo de Badajoz

Festival dos Oceanos 2011 - Waterwall

Este foi o programa de ontem à noite...

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Uns trapinhos

As nossas diferenças ao nível da roupa são tão extensas que este tema vai ficar dividido em dois posts.

Começo pela aquisição da roupa. Não gosto muito de centros comercias, a ideia de ficar a andar de loja em loja apenas a ver as montras para mim é igual a desfolhar uma lista telefónica para ver nomes de pessoas. Tomando como exemplo o Colombo (onde vou raramente), as minhas lojas preferidas são a Fnac, a Worten, a Vobis e a Bertrand. Ao Continente vou por necessidade, não por prazer. O piso onde passo menos tempo é, sem dúvida, o segundo (piso da roupa, exceto Fnac).

Em relação a marcas, não tenho nenhum contrato de exclusividade com nenhuma. Gosto de Pepe, Zara, Massimo Dutti, Jack & Jones, C&A, mas a marca é habitualmente a última coisa que reparo. Apenas compro roupa por necessidade, depois de deixar arrastar a necessidade bastante tempo.

Em relação ao meu namorado lindo... bem, o meu P não consegue ir a um centro comercial sem comprar 'um trapinho ou dois'. Então em época de saldos... Há um circuito predefinido, que inclui todas as griffes da moda, e está estruturado de forma a passar em frente a todas as montras, mesmo que seja só para ver 'o que está na moda'! Não é um doce???

terça-feira, 2 de agosto de 2011

As nossas diferenças

Às vezes dou por mim a pensar no quanto eu e o meu P somos diferentes. Foi uma acaso descomunal o alinhamento celeste que fez com que os nossos destinos se cruzassem. A improbabilidade da forma como nos conhecemos, numa altura em que não tinha tempo para me coçar com tanto trabalho, a improbabilidade dele ter lutado pela nossa amizade (não é que ele não costume lutar pelas amizades dele, é apenas porque naquela altura eu era apenas um estranho), a improbabilidade de nos termos tornado bons amigos apesar das nossas diferenças de personalidade e gostos, a improbabilidade de termos resistido a discussões... ui credo, nem vos falo das discussões... enfim, não sei o que passou pela cabeça daquele Senhor que escreve o destino, mas ainda bem que o meu coelho se atravessou na minha estrada!

As nossas diferenças de personalidade são imensas. Não querendo entrar em pormenores concretos (por causa do 'lápis azul'), nos próximos tempos vou escrever por aqui algumas dessas nossas 'especificidades'. Começando já por duas...

 - Eu adoro ler, tenho uma pequena biblioteca e nos meus tempos áureos devoravam livros como quem come bolachinhas. Os meus autores preferidos são Bret Easton Ellis e Gabriel Garcia Marques (muito parecidos!), mas leio quase tudo o que me aparece à frente, desde Umberto Eco à Dica da Semana! Em comum com o P tenho cerca de 40 livros... a coleção Uma Aventura!..

- Apesar de ter formação musical, com vários anos de um instrumento que detesto, o meus conhecimentos de música são parcos, à exceção de um ou dois estilos específicos. Não é que não goste de música, detesto é o silêncio, mas não me venham cá perguntar como se chamava o album XPTO do Miguel José (Michael Jackson), da Madonna, daquela banda dos aterros (Garbage) ou dos Depeche. Mas podem perguntar quem é o meu Dj favorito, o melhor rapper português, a minha ópera preferida ou o fado que me faz chorar, porque em diferentes ocasiões gosto de todos estes estilos. Há um ponto comum nos nossos gostos musicais. Fica a 101.9, e chama-se Radio Orbital!