dois coelhos

Esta é a nossa história, dois rapazes destinados um para o outro, que se conheceram quando um tinha 20 anos e o outro 26.
Desde esse dia que a nossa vida mudou para sempre! E vocês são as nossas únicas testemunhas!

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Budapeste 3

Se tudo correu bem, neste momento já estamos em Sevilha Córdoba Granada Málaga (a viagem corre bem, mas o blogger anda maluco por estarmos em Espanha, só pode!). Porém, as crónicas da nossa anterior viagem vão continuar por aqui.

No nosso 3º dia em Budapeste saímos de casa logo pela manhã. Depois de apanhar o metro na 2ª linha de metro mais antiga do mundo (logo a seguir ao de Londres) saímos mais uma vez na Praça dos Heróis, para tirar mais umas quantas fotos.

Depois voltámos para o centro, porque no dia anterior não tínhamos chegado a entrar na Basílica de Santo Estêvão, e fiquei com curiosidade em relação à mão do santo que ali se encontra em exposição. A Basílica é muito gira por dentro, e tem um zimbório com uma vista espetacular. Fica a 96 metros de altura (a mesma altura do Parlamento Húngaro), e não é possível construir nada mais alto que isto.








A mão direita de Santo Estêvão, considerada incorruptível, está exposta numa pequena sacristia por detrás do altar, num dos melhores exemplos de folclore religioso que tenho visto. Na pratica, é uma vitrina com a forma de uma igreja, cheia de adornos. Quando se introduz uma moeda numa pequena ranhura acendem-se as luzes no interior e permite ver uma peça anatómica que faz lembrar uma mão, com algumas jóias à volta. Os turistas aproximam as cabeças rapidamente para tentar perceber exactamente do que se trata e... a luz apaga-se novamente. Mais uma moedinha, mais uma voltinha....


O tal bilhete para autocarro de turista que o P me convenceu a comprar dava direito a uma viagem de barco no Danúbio, ao largo de Budapeste. Por isso apanhámos o dito barco e a hora seguinte foi bem passada a ouvir as explicações dadas sobre a história e os edifícios que íamos vendo.O edifício mais impressionante é, sem dúvida, o Parlamento Húngaro, em estilo gótico revivalista com aspectos barrocos e renascentistas, construído em 1885. É o maior edifício da Hungria e o terceiro maior edifício parlamentar do mundo.

Depois do passeio de barco já eram 14h e a fome apertava. Uma vez que não estávamos longe, fomos até um dos sítios mais típicos de Budapeste, o Nagycsarnok, o Grande Mercado. Construído em 1896, tem três andares e é o maior mercado coberto do país. O andar térreo é essencialmente de venda de produtos alimentares. Como não podia deixar de ser comprei algumas embalagens de paprika húngara, um dos produtos mais conhecidos do país. No primeiro andar há uma série de restaurantes que me fizeram lembrar as barracas de comida da feira do relógio. Sou um cromo, mas quando vou à feira do relógio não dispenso uma bifana ou umas moelas, lol. Ali não havia nada disso, e comemos uma espécie de cuscus com carne, uma lasanha estranha com couves pelo meio, umas almôndegas secas panadas em alho em pó (hmmm)  e para finalizar o aperitivo típico da Hungria, o unicum, um licor de ervas envelhecido em cascos de carvalho. Para finalizar, uns crepes de chocolate e banana feitos à nossa frente que eram de comer e chorar por mais.




Ainda subimos ao segundo andar, o mais procurado pelos turistas por ser aí que estão as melhores e mais baratas tendas de souvenirs. Comprámos uns quantos ímanes, canecas, postais e t'shirts.

Às 16h voltámos para o outro lado da cidade, Buda, para visitar um dos museus mais curiosos onde já estive, o Hospital in the Rock. Como é que eu vos hei-de explicar isto? Debaixo da zona do castelo de Buda existe uma rede de cerca de 10km de túneis, alguns com origem natural outros construídos pelo locais ao longo dos tempos. Durante a 2ª Guerra Mundial, com os órgãos de governo a funcionar precisamente na zona do castelo, a rede de túneis foi tornada secreta e fortificada, de forma a servir de abrigo em caso de ataque aéreo. Depois decidiu-se pela construção de um hospital militar nesses túneis, resistente a ataques nucleares ou químicos, equipado com geradores, filtros de ar e água, alimentos e equipamento hospitalar (bloco operatório, enfermarias, raios-x, etc), de forma a acomodar até 700 doentes!!! Fiquei impressionado.






Depois de 1h às voltas nos túneis atrás de um guia vestido de militar do tempo da guerra fria voltámos para Peste, para experimentarmos finalmente uma das maiores instituições húngaras... as termas.

Tinha lido bastante sobre isto e tinha discutido o assunto com o Gusztáv, o Dezsö e os amigos deles. As termas Gellert são melhores, mas as Szechenyi são as mais impressionantes, por isso lá fomos a banhos. À entrada conheci um realizador norueguês e a sua equipa que iam fazer um documentário sobre as termas, e acabámos por comprar um bilhete de grupo. Ficou em cerca de 8€ por pessoa, com direito a um cacifo. As imagens falam por si. Deixem-me só dizer-vos que estavam cerca de 5º C na rua, e a água nas 15 piscinas oscilava entre os 26 e os 38º. Ficámos lá até ser noite. A água fumegava e só nos custava era mudar de piscina. Era uma autêntica canja de coelho!










 Depois do jantar encontrámo-nos com o Gusztáv, que nos fez um passeio com guia turístico por mais umas quantas ruas, com destaque para a Sinagoga de Budapeste, a maior da Europa e a 5ª maior do mundo.

Foi com pena que regressámos a casa deles. Era a nossa última noite em Budapeste, e tínhamos adorado a cidade. Não me importava de lá ficar mais uns dias, apesar de termos visto as principais atracções.

5 comentários:

  1. Estou a adorar e a "babar-me" de inveja ;)

    Abraço amigo

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    1. Queres um lenço, Francisco? ;)

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    2. Não te podes queixar, não fui eu que já fiz um safari em África. Foste tu e o Rei de Espanha!

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  2. O que eu gostava de ir a essas termas.
    Abraço

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    1. Inicialmente pensei que as termas fosse uma coisa um bocado demodé, para seniores. Pelo menos é a ideia que tenho das termas, por cá. Porém, aquelas estavam cheias de malta nova, muitos turistas mas também muitos locais. Ir às termas, para eles, é um pouco como nós irmos ao cinema.

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