dois coelhos

Esta é a nossa história, dois rapazes destinados um para o outro, que se conheceram quando um tinha 20 anos e o outro 26.
Desde esse dia que a nossa vida mudou para sempre! E vocês são as nossas únicas testemunhas!

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Cinco dias, vinte cinco livros IV

Ao longo deste alfabeto de livros, a letra P foi a que mais dificuldades que apresentou. De tal forma que foi nesta letra que assumi que não conseguiria escolher um livro por letra, tendo então aberto algumas excepções para trás, como viram. Por isso, senhoras e senhores, os candidatos a melhor livro pela letra P são...


Palavras para quê? O Principezinho é um clássico, que já li dezenas de vezes, e que deve ser o livro de crianças mais lido por adultos de sempre (ok, o Harry Potter deve estar perto).


Autor dos livros O Delfim e Balada da Praia dos Cães, ambos adaptados ao cinema, José Cardoso Pires é um autor que não conheço muito bem. De Profundis, Valsa Lenta é o único livro que li, mas é difícil não ficar gravado na memória um ou outro episódio, como o autor a tentar pentear-se com uma escova de dentes (importa dizer que o livro descreve, da ótica do doente, os efeitos de um AVC).


Bret Easton Ellis tinha de voltar à carga nesta lista. Depois do Menos que Zero, este Psicopata Americano é mais um dos meus favoritos, que mete o filme, verdadeiramente, a um canto (mas não o Christian Bale).




Last but not least, na letra P, um dos meus 'filhos'... a série Pixel começou por ser um passatempo promovido pelo Sad Eyes, que consistia na criação de pequenas histórias lgbt em texto, desenho ou video. Posteriormente a Index pegou no acervo bibliográfico de singular qualidade gerado pelo passatempo e editou dois livros... bem, isto vocês já sabem. Serve ainda este livro como uma singela homenagem ao Sad, muito querido entre nós, mas que agora anda mais out. We love you, Sad.


Depois da homenagem ao Sad Eyes no livro anterior, é a vez agora de homenagear a Margarida, precisamente a criadora deste desafio, e a mais distinta na categoria 'Novos autores 2014'. E, para isso, nada melhor do que este O Que Você Precisa de Saber sobre o Gato. É um livro já com alguns anos, que tenho ali na na estante. Pessoalmente, sou mais uma dog person que uma cat person, bem ao contrário do meu rapaz, claro. 


Letra R... mais uma indecisão. A Rapariga que sonhava com uma lata de gasolina e um fósforo é o segundo livro da triologia Millennium de Stieg Larsson. Conheci esta triologia através do Psi, um rapaz espetacular (com um marido igualmente espetacular) que é mais um exemplo inspirador para mim no que toca a relações entre homens. Tenho saudades dos seus posts, mesmo daqueles de banda desenhada em que não percebia patavina, mas saber que eles estão bem e felizes é suficientemente bom.



A Rapariga dos Olhos de Ouro e A Obra Prima Desconhecida são as únicas obras de Honoré de Balzac que li. São obras diferentes, nesta edição condensadas num mesmo livro. Relativamente ao primeiro, passa-se numa Paris boémia, num estilo Moulin Rouge, com uma sociedade secreta à mistura.


Na letra S, um livro que não gostei. De Hermann Hesse, Nobel da literatura, Siddhartha é um livro que me veio parar às mãos pouco tempo depois da Décima Profecia, numa altura em que os livros 'canja de galinha para a alma' me estavam a fazer furor. Achei o livro uma estopada, e, juntamente com Felicidade™, disse adeus a este tipo de literatura.


Depois de Coca-Cola Killer, o segundo livro do maestro Vitorino d'Almeida nesta lista. Tubarão 2000 é um livro difícil de ler, pelo léxico refinado que usa, que me obrigou a recorrer ao dicionário várias vezes. No entanto, é tão divertido que lhe cheguei a chamar 'ganza literária', pelas dores que provocava de tanto rir. Sem dúvida, um livro a não perder!


Para terminar, em segundo lugar ex aequo na letra T, O Templo Dourado, de Yukio Mishima. Em autores japoneses, nunca fui muito à bola com Murakami, mas Mishima tem uma arte na escrita que não se encontra nos autores ocidentais, e esta obra fala de um rapaz que se isola do mundo num templo em Kyoto, enquanto lá fora o Japão luta (e perde) na segunda guerra mundial.

(e depois da mente, vou até ali ao ginásio exercitar o corpo...)

16 comentários:

  1. Li o Principezinho, assim como os contos do Pixel. Os restantes são para mim ilustres desconhecidos.

    Fazes bem. Eu já exercitei hoje :D

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    1. Nem todos valem a pena, claro. O Principezinho é daqueles livros que, embora pequeno, não se deve ler de uma assentada, porque cada parágrafo é mágico.
      Os contos do Pixel 1, 2 e 3 são diferentes entre si, pequenos, uns cómicos, outros dramáticos, mas todos interessantes, quanto mais não seja por terem sido escritos maioritariamente por pessoas que conhecemos aqui da blogo.

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    2. Pois, eu não adquiri a colectânea. Li os contos aqui na blogosfera :D

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    3. Eu quero adquirir ambos os Pixeis, em formato físico. Mas já dei autógrafos, lol :)

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  2. De Mishima, que deve ser, com Saramago, o autor de quem li mais livros, gostei particularmente de "O marinheiro que perdeu as graças do mar". É também bem interessante "As confissões de uma máscara", tendo em atenção a história muito particular que rodeia a vida deste autor (e a mentalidade japonesa, tão incomensuravelmente distante da nossa, e de que Mishima é no fundo um exemplo). Lembro-me de ter ficado completamente preso à leitura do "Psicopata americano" quando o li (há séculos, diga-se!). Last but no least, gosto muito de José Cardoso Pires, e particularmente de "O delfim". E do filme também. Quanto ao resto vou ver as sugestões pelo vosso blogue e dos outros também a ver se me inspiro.

    Um abraço

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    1. É curioso, não conheço quase ninguém que tenha lido Mishima, e ultimamente quando se fala de autores japoneses parece que o Murakami é a última bolacha do pacote, lol. Tivesse eu tempo, e já teria lido mais um ou dois dos seus livros.
      José Cardoso Pires é, como disse, um autor que não conheço. Penso que este De Profundis, Valsa Lenta é um livro um pouco diferente do seu género literário... Li alguns livros de António Lobo Antunes, e sempre que penso em JCP imagino um estilo idêntico, será?

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  3. Estou como o Horatius. Quase virgem.

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    1. Ao menos que sejas virgem em alguma coisa, Namorado. ;)

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    2. LOL Não sei porquê Coelho mas começo a sentir-me atacado lololol

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    3. Oh, achas??? És praticamente virgem na cozinha, segundo ouvi dizer. Já com o ferro de engomar, tens a prática toda. :D

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  4. O Principezinho é um dos meus três livros preferidos.
    Li e colaborei com um conto para o Pixel 3 e li e gostei muito do livro do Mishima.
    Sobre o livro do Cardoso Pires que ainda não li, tenho as melhores referências, mas um must é mesmo o "De Profundis" do Oscar Wilde.

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    1. Publiquei aqui a capa do Pixel 3, mas referia-me aos dois livros publicados, num dos quais figura a tua história, justa vencedora. :)
      De Oscar Wilde, não li nada. Vi em tempos a adaptação ao cinema do retrato de Dorian Gray, mas não achei nada do outro mundo, provavelmente o livro será bem melhor.

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  5. novos autores 2014... hum, agrada-me :)
    eu também passei por essa indecisão e pensei que vocês fossem escolher o mesmo livro, de modo que ilustrei outras leituras. e, claro, o principezinho, o pixel, elvis voando (o livro do miguel que aconselho vivamente), estavam entre as minhas escolhas.
    quanto a alguns que aqui colocas, nunca li nada nem me interesso. falo, por exemplo, do hesse. não sei, não me apela... e há tantos autores que quero ler antes de morrer :D
    é incrível como este desafio tem durado :)

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    1. Pensei em atribuir-te a categoria "Autor Revelação 2014", mas o ano ainda vai no início, lol.
      Do Hermann Hesse só li mesmo o Siddhartha, por isso não conheço o resto da obra do autor. Porém, ser Prémio Nobel não é garantia de que se vá gostar, por isso, como tu dizes, há tantos e bons autores por ler...

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  6. Respostas
    1. Ahahah, Francisco, és uma comédia... eu detestei o Siddhartha, lol

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