Na quinta-feira era dia de trabalho para o Robert, pelo que levei o meu rabbit a alguns dos meus sítios preferidos da cidade. Começámos pelo Parque dos Museus, onde fica um dos meus museus preferidos, o Rijksmuseum, que é como quem diz, Museu Nacional, onde está exposto A Ronda Noturna, de Rembrandt e, sobretudo, alguns dos melhores trabalhos de Vermeer, como este 'A Leiteira'.
Logo ali ao lado, fica o Museu Van Gogh, onde levei o P a ver um dos meus quadros preferidos:
Demos uma voltinha a pé pelos canais (o tempo estava significativamente melhor que no dia anterior) e à Dam Square, ao Museu Madame Tussaud. Já tinha estado neste museu e no de Londres, e o de Londres é francamente melhor, mas o P queria lá ir e não lhe consegui negar isso.
Antes, porém, fomos a uma coffeeshop. Não vale a pena estar com rodeios, long story made short, eu já tinha experimentado e gostei, o P nunca tinha experimentado mas tinha curiosidade... fumámos uma ganzinha. A hora seguinte foi passada na maior risota, a certa altura riamos de nos estarmos a rir, o nonsense era tanto que a pouca sanidade mental que ainda retiamos nos aconselhou a guardar o spacecake que também comprámos para mais tarde.
Por causa da ganza ou não, as fotos do Madame Tussaud ficaram todas uma valente bosta, parecia que até a máquina tinha fumado. Se me virem na rua com marcas na pele é das chicotadas que tenho levado por as fotos do meu P com a Beyonce e Jennifer Lopez terem ficado tão tremidas que quase não se percebe quem está na foto. Sniff, sniff...
Anoitece cedo, e por isso quando saímos do Madame Tussaud já era demasiado tarde para o tour de barco pelos canais, uma coisa que queria muito fazer com o P. Acabámos por vaguear pela zona, até à Central Station, e jantámos no Wok to Walk, uma cadeia que também já vi em Portugal.
Às 6 tinhamos combinado encontro com o Robert, na Ópera. Todas as quintas os bilhetes da ópera não vendidos são disponibilizados a estudantes, a preços entre 5 e 10€ (o preço normal é de 50 a 100€). O meu lindo não estava nada excitado com a ideia da ópera, e até me disse que antes queria ver lojas de souvenirs - tenho tentado não falar deste drama da minha vida, mas é mais forte que eu: o P passa horas dentro das lojas de souvenirs, quer ver tudo e comprar tudo, e acusa-me de o estar sempre a despachar! - mas lá acedeu ao meu apelo de alguma cultura erudita nas nossas férias.
O Robert já lá estava, bem como um amigo dele (David) de 20 anos, e um amigo desse amigo. Mais tarde vim a saber que o David tinha acabado de conhecer esse amigo. Enquanto cá dois gays quando se querem conhecer combinam um café, na Holanda combinam uma ida à ópera, lol!
Fomos ver Romeu e Julieta, versão holandesa, pelo que não percebemos nada. Mesmo assim eu gostei, até porque fiquei sentado ao lado de uma velhinha de casaco de peles e grandes adornos que fez questão em me apresentar a neta.
Depois da ópera o Robert desafiou-nos a ir até uma discoteca gay. O David e o amigo alinharam logo, e nós também. Estas férias foram cheias de milestones, este seria mais um, a nossa primeira ida a uma discoteca gay. Pode não parecer grande coisa para quem já foi, mas nós nunca tinhamos entrado em nenhuma.
Passámos por duas discotecas, ambas a meio gás, e acabámos por ficar na discoteca Montmartre, onde o tema da noite era Festival Europeu da Canção. OMG! Não sei se alguma vez aqui disse, mas correndo o risco de ser escorraçado da comunidade gay, eu acho o ESC uma piroseira do pior! O meu P adora, claro. Sabe todas as músicas, quem ganhou, quem representou Portugal e em que lugar ficou... caso para dizer, sem comentários! Foi divertido, aparentemente todos conheciam as músicas menos eu, abanamos o capacete, o David e o amigo enrolaram-se um com o outro, o Robert foi abordado várias vezes mas não deu abébias a ninguém.
Ficámos todos por lá até ao fecho e viémos de taxi para casa. Só nessa altura disse ao P "amanhã de manhã vamos embora".
Out of topic: Seguindo o desafio do Sad Eyes, este é o meu fado preferido:
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Estas postagens sobre Amsterdão fazem-me lembrar as quatro vezes que já lá estive (uma outra não conta pois foi de passagem, apenas umas horas), embora a cidade continue linda, tem vindo progressivamente a degradar-se, pois a última vez até a achei pouco cuidada, no que diz respeito á limpeza.
ResponderEliminarNos anos sessenta do século passado e durante o resto do século, era a cidade europeia mais atractiva para os gays; hoje não é assim, muitos dos bares são específicos de couro, e não há a simpatia de outrora. Hoje, Berlim é a capital gay da Europa.
Mas os canais, o facto da cidade ser pequena e poder ser visitada por assim dizer sempre a pé, fazem com que continue a ser uma cidade onde me apetece voltar.
Pinguim, não conheço (ainda) Berlim, mas de certa forma percebo o que dizes em relação a Amsterdão, e tenho pena de não a ter conhecido da forma que descreves. Adorei Amsterdão de todas as vezes que lá fui, mas não foi exactamente o que tinha imaginado.
ResponderEliminarBem eu não vou enveredar pela minha campanha de legalização/descriminalização das drogas. Acho que cada adulto deve ser livre de decidir como quer gerir a sua saúde e o seu corpo. Apesar de não ser um habito também fumo um charro de quando em vez e ninguém tem nada a ver com isso. Em Amesterdão fiquei fã desses bolinhos mas acho bem que não tenham comido logo após fumarem. Já ouvi historias que deram para o torto.
ResponderEliminar"Estranha Forma de Vida", um dos fados preferidos da mãe. (:
ResponderEliminarPsi, a nossa não deu bem para o torto, mas a associação 'bolinho+álcool' também não correu muito bem.
ResponderEliminarMark, a mãe tem bom gosto! O filho tem a quem sair!
A seguir à minha viagem a Londres, Amesterdão será a minha escolha :)
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