No post anterior fiz uma pequena lista de opções possíveis de alojamento em férias. Possivelmente falharam-me algumas (coisas razoáveis, nada de dormir em estações de comboios ou aeroportos - também já dei para esse peditório).
Saiu há poucos dias no Público (publicidade descarada na minha opinião) um artigo sobre 'A agência portuguesa para os viajantes gays'. Ali somos conotados como um grupo com poder económico elevado, o que infelizmente nem sempre (quase sempre) não é o caso. Nem todos os gays procuram viagens de luxo, com 'cartão dourado' para todas as discotecas e saunas. E é precisamente para esses que estou a escrever estes posts, tendo como base as nossas próximas férias.
Saiu há poucos dias no Público (publicidade descarada na minha opinião) um artigo sobre 'A agência portuguesa para os viajantes gays'. Ali somos conotados como um grupo com poder económico elevado, o que infelizmente nem sempre (quase sempre) não é o caso. Nem todos os gays procuram viagens de luxo, com 'cartão dourado' para todas as discotecas e saunas. E é precisamente para esses que estou a escrever estes posts, tendo como base as nossas próximas férias.
A primeira opção de alojamento que considerei no post anterior foi o hotel.
Escolher um bom hotel para se ficar quando se quer viajar num estilo low-cost é uma arte. Um conselho pessoal, prefiram hotéis de duas ou três estrelas com boas classificações que hotéis com mais estrelas mas pior avaliados pelos hospedes.
O primeiro sítio onde vou procurar um hotel é no booking.pt. O site é muito bom e a lista de hotéis é muito completa. Por aí consigo ter logo uma ideia dos preços que se praticam, e sobretudo das avaliações dadas pelos hospedes. O sistema apenas permite que quem reservou o hotel através do site escreva a sua avaliação, o que elimina a hipótese de outras pessoas (como os donos dos hotéis) escrevam comentários menos abonatórios sobre a concorrência. Há alguns anos atrás o booking tinha a opção de filtrar a pesquisa a hotéis gay-friendly, mas infelizmente essa opção desapareceu. Alguns hotéis mantiveram essa informação na página principal, mas na maioria deles isso é omisso.
Outra boa fonte de informação é o tripadvisor. Com a desvantagem de que qualquer pessoa pode escrever o que bem entender, tenha ficado ou não no hotel, a lista de comentários é sempre extensa e se quiserem podem entrar em contacto com um utilizador em particular e perguntar detalhes. Parece excessivo, mas foi o que eu fiz quando fomos à Tunísia, e as respostas que obtive sossegaram-me a consciência em relação à qualidade da comida, por exemplo.
Para além destes dois sites, podem fazer pesquisas em sites especificamente para publico LGBT (este, este ou este, por exemplo), mas nunca obtive um melhor preço através destes sites, bem pelo contrário, os preços costumam ser bem superiores.
Por vezes mais vale um hotel mais afastado do centro mas com transportes à porta do que um bem no meio do centro histórico mas com preços exorbitantes. Por exemplo, em Madrid ficámos num hotel na localidade de Getafe (seria talvez Odivelas, em relação a Lisboa), por um preço muito menor (40€ por noite) do que pagaríamos se ficássemos no centro num hotel da mesma categoria (a partir de 90€ por noite). Apesar de nessa altura termos carro, a estação do comboio suburbano ficava a 300 metros do hotel e teria sido uma boa escolha.
Por outro lado, se o objetivo é (ou também passa por) sair à noite ou viver um pouco da vida gay da cidade de destino - normalmente todas as cidades têm um bairro mais conotado com a nossa equipa, como a Chueca em Madrid ou o Eixample (chamam-lhe Gayxample) em Barcelona - talvez faça sentido procurar um hotel próximo dessas zonas, ainda que possa sair um pouco mais caro. Esses hotéis são, regra geral, gay-friendly, mas nada como dar uma olhadela no site do hotel.
Para finalizar o capítulo dos hotéis, resta-me falar do pequeno-almoço. Cada vez é menos frequente o café da manhã estar incluído no preço, habitualmente é um extra que é pago à parte. Pode compensar ou não. Se por um lado podem comer até rebentarem e muitas vezes não vão sentir qualquer fome ao almoço (e ainda trazer um muffin ou fruta na mochila - atire a primeira pedra quem nunca o fez), por outro lado tem alguma piada sair do hotel e tomar um pequeno-almoço num café ou pastelaria e integrar isso na própria exploração da cidade.
Vou voltar a meter a colherada! ;) Também costumo usar quase sempre o Booking. Em todo o caso, quando encontro um hotel ou pensão que gosto, costumo procurar no site do hotel e noutros sites o mesmo hotel, para ver se há alguma diferença de preços. Na maior parte das vezes não, mas há dias em que se tem sorte!
ResponderEliminarÉs sempre bem vindo Mr. Lekker. Fizeste-me lembrar de um aspecto curioso e que me esqueci completamente, que tem a ver com a comparação de preços entre os sites e o oficial do próprio hotel. Obrigado.
EliminarO quanto estou a saborear cada post teu :)
ResponderEliminarAbraço
Já no anterior comentário tinha referido a criteriosa escolha do hotel, na net, e é precisamente através do booking.pt...
ResponderEliminarNunca escolhi o pequeno almoço incluído, pois não compensa.
Eu não colocaria as coisas de uma forma tão linear. Em termos nutricionais, claro, não compensa, mas se eu comer um bom pequeno-almoço buffet e um gelado às 14h aguento perfeitamente até ao jantar sem gastar mais em alimentação.
EliminarEu cá também prefiro tomar o pequeno-almoço na rua :)
ResponderEliminarNa continuação da resposta que dei ao Pinguim, acho que essa é que é a principal vantagem, eu adoro misturar-me com os locais e tomar o pequeno-almoço no café ou pastelaria da esquina. Isso já faz parte da exploração do destino, porque os produtos são mais tradicionais, ao contrário do pequeno-almoço continental ou britânico dos hotéis.
Eliminarhummmm, é tal e qual como dizes partilho dos mesmos hábitos e opções quando trato de marcar um hotel, com excepção do gay friendly, acho indiferente, sempre fui super bem tratado sem nunca sentir qualquer tipo de diferenciação.
ResponderEliminarOlha tb gosto muito do e-dreams, embora booking é booking:-)
Eu também nunca fui mal tratado, à exceção de uma vez em Madrid quando recusei ficar no quarto que me atribuiram. Mas por outro lado, raramente reservo um quarto double quando vou com o meu P, e acho que nós não levantamos muitas suspeitas.
Eliminar