Cinco dias, vinte cinco livros III

Hoje com uma pequena batota, saem mais cinco letras do alfabeto...

À parte da história específica da minha área profissional, a minha formação em História ficou-se pelo ensino básico. Para colmatar isso, até porque é uma área que gosto bastante, houve certos livros em momentos-chave que me despertaram o interesse por certos períodos. Este Kaputt relata o avançar da segunda guerra mundial pelos olhos de um correspondente italiano no campo de batalha entre tropas alemãs e russas. Talvez o tenha lido demasiado cedo, ainda sem perceber bem o que era o fascismo e o nazismo, mas a imagem de cavalos que morrem congelados enquanto atravessam um lago, apenas com as cabeças de fora e olhos vítreos, permanece. Brrr...

Para alíviar o ambiente do livro anterior, um livro... erótico. Ok, Lisistrata não é bem um livro erótico, mas antes uma metáfora (já havia metáforas há 2400 anos) de como uma greve de sexo das mulheres de Atenas permitiu o fim da guerra entre Atenas e Esparta. Teria uns 10 anos quando li este livro, e não imaginam o chocado que fiquei. Pensei que o livro era pecado (oh God...) e escondi-o atrás da estante, lol.

Para a letra M vou ter de apresentar dois livros, porque não me consegui decidir entre eles. 1984 é um livro de George Orwell, que descreve uma sociedade onde todos somos observados e controlados. Uma espécie de BigBrother à escala real, ou melhor ainda, The Truman Show. De Orwell gostei ainda mais de O Triunfo dos Porcos, mas já tenho outros pretendentes para a letra T.

Menos que Zero foi um dos livros da minha adolescência. Drogas, prostitutas, sexo... não foi a minha vida, mas é do que fala este livro de Bret Easton Ellis, um dos meus autores preferidos, que escreveu também O Psicopata Americano.

Para a letra N, um dos livros mais recentes que li. Do querido professor Antonio Tabucchi, o Nocturno Indiano é um livro de fácil leitura sobre busca de alguém que se perdeu na Índia. A narrativa é viciante, e rapidamente nos sentimos na pele do personagem principal, no Grand Hotel Bombaim ou em alguma estação de comboios perdida no país.

Quando o Prozac saiu para a mercado, parecia que tinha sido encontrado o Santo Graal das doenças psiquiátricas. O seu consumo foi tal que eram encontrados metabolitos de fluoxetina, o genérico do Prozac, nos esgotos das grandes cidades americanas. Nação Prozac relata a história de uma menina medicada com este medicamento, e ainda hoje é do que me lembro quando penso em anti-depressivos.

Finalmente, o livro que me pôs a Observar o Céu (e ainda põe). Estou longe de ser um astrónomo amador, mas foi com este livro que descobri Mintaka, Alnilan e Alnitaka, três estrelas da constelação de Orion, que correspondem exatamente a três sinais que tenho na cara. E esta, hein?