Aguenta-te aos 30!

Os últimos dias têm sido dolorosos. Se até aos 29 fazer anos era uma festa, chegar aos 30 deixou-me muito apreensivo. Se até aos 29 todas as loucuras eram desculpáveis, quando se entra nos 30 sinto que uma carga de responsabilidade se abateu sobre mim. Todos os meus colegas de primária, o grande referencial para a minha mãe, já tão casados, e a grande maioria com filhos. Claro que a minha progenitora notou isso, e na última visita ao reduto do clã levei com uma dose descomunal de conselhos maternais. Logo por azar sucede que sou a única hipótese de dar descendência a duas gerações da família, o que juntando ao facto da minha mãe ser uma beatinha do pior não tornam a convivência nada fácil. Não há de ser por causa disso que sou gay, mas a minha mãe implicou com todas as namoradas que lhe apresentei, e jurei a mim mesmo que só lhe voltaria a apresentar uma namorada quando tivesse de casamento marcado. Parece-me que isso não está para breve...

E lá se passou o aniversário. Jantarinho em restaurante posh com os amigos (onde o namorado também se inclui) seguido de bailarico na discoteca da moda, com espaço privado e bebidas para os convivas. Entrei oficialmente nos 30. Chegou a época da responsabilidade. E, para começar, começo a estar cansado desta toca...