dois coelhos

Esta é a nossa história, dois rapazes destinados um para o outro, que se conheceram quando um tinha 20 anos e o outro 26.
Desde esse dia que a nossa vida mudou para sempre! E vocês são as nossas únicas testemunhas!

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Nova Iorque 4

Durante a noite choveu cats and dogs, e houve alguns cortes de energia, mas parece-me que o prédio do Ben tem gerador. Surpreendentemente o dia seguinte amanheceu com um sol espetacular, apesar do frio glacial.

O Ben fez-nos panquecas para o pequeno almoço, que comemos com xarope de plátano caseiro lá do Alabama, enquanto conversávamos sobre as eleições, a história dos Estados Unidos, a Guerra da Secessão e as diferenças entre os estados do norte e do sul. O Ben é anti-partidário, anti-sistema, talvez até anarquista. Faz voluntariado na Judson Memorial Church, precisamente aquela que vimos na Washington Square, e esteve muito envolvido (ele e o resto da igreja) no movimento Occupy Wall Street, onde andaram a distribuir bolos e bebidas quentes pelos manifestantes e participaram em manifestações. Vi o orgulho dele enquanto nos mostra recortes de jornais e prints de páginas de notícias online a falar do envolvimento da igreja nas manifs e onde o nome dele aparece citado.





Saímos para a rua e entrámos logo no Central Park quase pelo topo norte do lado do Upper West Side. Como estava sol a visão era completamente diferente da do dia anterior. Havia imensos esquilos a brincar, todo o parque muito verde com cheiro a chuva recente... o Central Park é mesmo impressionante, no meio de arranha-céus gigantescos há ali aquele pedaço de natureza que nos faz esquecer que estamos em Nova Iorque. 

Alternámos entre o west e east side (cerca de 800 metros entre eles), num passeio que até seria agradável não fosse o frio. Estavam 3 graus, mas a sensação térmica era de 0. Passámos em frente ao Guggenheim (estava fechado, mas fica a dica, aos sábados após as 17h45 o preço é pay what you wish, consta-se que a maioria das pessoas dá $1), Met (Metropolitan Museum of Art), fechado, fachada em obras, e também se paga o que se quiser para entrar, apesar da 'doação recomendada' ser de $25 (só em museus teríamos poupado uma fortuna), e finalmente um dos sítios que mais queria ver em Nova Iorque: a Bethesda Fountain, a icónica fonte onde termina uma das minhas séries preferidas de todos os tempos, Anjos na América.






Daí caminhámos pelo The Mall (passando pela estátua de Walter Scott, o mesmo do Scott's View que nos vimos loucos para encontrar na Escócia), até ao corner mais cinematográfico e conhecido do Central Park, o Wollman Rink, a tradicional pista de gelo do Central Park, onde várias pessoas patinavam.





Mais à frente fica o Hotel Plaza, que para nós é conhecido como 'o hotel do sozinho em casa', e em frente a Apple Store (fechada, claro!). Descemos a 5ª Avenida, cheia de lojas conhecidas. Apenas lojas de conveniência e uma ou outra loja de turistas estavam abertas. Até a 'minha' Abercrombie & Fitch onde os empregados andam de sunga (já tinhas pensado em ir trabalhar para lá, Nonsense?) estava fechada!



No meio do emaranhado de prédios altos encontram-se por vezes edifícios bem diferentes. A Saint Thomas Church é um exemplo disso, e a Saint Patrick's Cathedral ainda mais. A conhecida sala de espetáculos Radio City Music Hall claro que também estava fechada, mas, surpresa das surpresas, o Rockefeller Center estava (parcialmente) aberto. E o que há no Rockefeller Center? O Top of the Rock, o segundo mais alto observatório aberto ao público de Nova Iorque, atrás do Empire State Building. Comprámos logo bilhete, não fosse a coisa esgotar ou fechar a bilheteira.



Nem pensar em estacionar aqui!



Como ainda faltava algum tempo para a nossa subida, continuámos mais um pouco na 5ª avenida. Por todo o lado militares e funcionários limpavam as ruas e removiam sacos de areia da entrada dos prédios. Parecia que estávamos a recuperar de uma grande tormenta (só mais tarde, pela televisão, tivémos a noção da borrasca que tinha sido a noite anterior).

Ao contrário do Empire, que acertámos na hora da subida e conseguimos ver o por-do-sol e o acender das luzes, no Top of the Rock tivémos apenas a visão diurna. Ainda assim, arrisco a dizer que a vista é melhor. Por um lado vê-se todo o Central Park, mesmo ali ao lado, e por outro vê-se o próprio Empire State Building.



Depois da subida, da descida, e de explorarmos um bocado do Rockefeller Center onde também funcionam os estúdios da NBC, fomos até outro ponto icónico da cidade, o Grand Central Terminal, possivelmente a estação de combóios mais conhecida do mundo. A maioria dos comboios tinha sido suprimida, mas ainda assim, estavam bastantes pessoas por ali. Perto fica também o Chrysler Building, o terceiro mais alto edifício de Nova Iorque. Não está aberto ao público, por isso contentámos-nos com as fotos do exterior e das típicas gárgulas.




Voltando à 5ª avenida, passámos pela New York Public Library, um edifício fenomenal e que por dentro deve ser espetacular (mas, claro, estava fechada). Atrás fica o Bryant Park, que também aparece uma série de vezes do Sexo e a Cidade.



Voltámos um pouco para trás para ir à Times Square, que no dia anterior estava deserta. Desta vez já estava bem mais composta de turistas e animação. A mega-loja da Toys "r" Us é um mundo, até uma roda gigante tem lá dentro, mas acabámos por ir jantar, once again, ao McDonalds, que do primeiro andar tem a melhor vista para a praça.



Uma aplicação de realidade aumentada espetacular!



Já de barriguinha cheia de calorias vazias voltámos para a rua. Apesar do frio, estavam cada vez mais pessoas em Times Square. O P não tirava as mãos da máquina fotográfica, e disparava sobre tudo o que mexia. Demos uma volta pelo Theater District, a ver os cartazes dos musicais, sem espetáculos nos dias seguintes, e lojas de 'bugigangas' (souvenirs) onde o meu coelhito observava cada caneca, cada porta-chaves, cada postal, numa contemplação inversamente proporcional à minha paciência... lol, até nisto, tão diferente de mim, eu o adoro, dá para acreditar?




Voltámos para casa já depois da 1 da manhã (tão bom, metro 24h por dia!).

25 comentários:

  1. que sortudos pah, afinal o q é que vocês fazem da vida? xD se for bom, quero esse emprego

    e só agora reparei na perversidade do vosso fundo xD

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    1. Lol, trabalhamos que nem loucos, apenas isso. Mas viajar não fica necessariamente caro...

      O nosso fundo foi uma oferta muito gentil do nosso amigo Arrakis. ;)

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  2. 1. Adoro o Central Park

    2. Fui ao "guga" mas não paguei para subir :s Achei demasiado. Mas da próxima vez, vou de certeza, preferi ir ao MOMA.

    3. Não vi nenhum gajo de sunga LOL Andavam lá em tronco nu, é verdade... mas sunga não LOL Pode ter mudado LOL Fui a essa loja umas 5 vezes! LOLOL

    4. A Biblioteca é muito gira por dentro e o Parque bem romântico!

    5. Também fui ao Toys e adorei!

    e finalmente 6. Também sou como o teu namorado nas lojas de "recuerdos" LOLOLOL

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    1. Ah, falta a 7: não sei se te disseram, mas a foto onde apareces mais o teu miúdo está muito "desfocadaaaaaaaaaa" LOLOL

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    2. 1. Nós também!
      2. Já sabes, aos sábados depois das 17h45 é bem mais barato.
      3. Ok, talvez seja apenas em dias especiais. Eu também lá iria muitas vezes, mas tanto em Milão como em Nova Iorque não conseguimos.
      4. Também acheio o Parque romântico, bem digno do Sexo e a Cidade.
      5. Pois, parece que é uma atração imperdível. Eu prefiro aquele ali de Telheiras, e o do Porto, conheces??? ;)
      6. God, estou solidário com o teu Pop.
      7. A câmara é uma beca fraca, sabes?!

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  3. adorei :)

    já viajei até lá :)

    Abraço amigo

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  4. Pegando na "dica" do Namorado, quando é que vocês "aparecem"????

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  5. Tanta coisa e ainda falta o resto da viagem!!! Cá estamos à espera! Estou a ver se tiro notas para uma possível viagem (sem muitas lojas de recuerdos, de preferência!)

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    1. Hehehe, Mr. Lekker, uma bela seca que eu aqui ando a postar. Se precisares de alguma coisa é só avisar. Os descontos dos museus são uma boa dica.

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  6. Pois é.
    Por um lado fico contente porque vos acompanho (em sonho, claro).
    Por outro, quando acordo, vejo que afinal estou aqui, bem aqui...
    E NY é um bocadinho longe (bem, já estive noutros locais bem mais longe... mas não tem dado para ir a NY).

    Ah! Os garotos da foto são lindos.

    E acrescento mais um ponto - sobre a foto, a vossa, que está realmente desfocada :))

    Abraços... e espero mais.

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    1. NY é logo ali do outro lado do oceano. Aliás, quando olho para o mapa mundo acho-o tão pequeno e tão grande simultaneamente.
      Quanto à foto, como disse acima, a câmara é fraca... ;)

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  7. Mesmo assim, dadas as circunstâncias, tiveram um dia excelente e viram imensas coisas.
    Nós tivemos a sorte de apanhar uma exposição do Armani no Guggenheim, daquelas coisas que só se vê uma vez na vida.
    De facto, pela foto o Top of the Rock parece ter uma vista melhor do que o Empire. A Central Station é um must. Exploraram o mercado que há por baixo? Bom, se calhar estava fechado, mas é um mercado gourmet do melhor.
    Abraços.

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    1. Sim, poderia ter sido muito pior. Mas também poderia ter sido melhor...
      Se tivesse de escolher, de facto o Top of The Rock tem a melhor vista, mas como convencer alguém a não subir ao Empire?
      Na Estação, que faz por estes dias 100 anos, explorámos apenas o Oyster Bar, tão antigo quanto a própria estação.

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  8. Anjos na América é, de longe, a série de TV que mais me tocou!!!

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    1. Também a mim, João. Não sou muito sentimentalista, mas esta série deixou-me de lágrima no canto do olho. Ir â Bethesda Fountain foi um sonho concretizado.

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  9. Imagino-me tannnnntas vezes deitado no central park a ler eheheh

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    1. Pode ser no Parque Eduardo VII, também... mas não é a mesma coisa.

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  10. Adorei o relato! Sendo Nova Iorque um dos meus destinos de sonho, estou a adorar [e a delirar] com o vosso fantástico registo [as always]. ^^

    Tenho uma prendinha para vocês lá no blog:

    http://virgulasdodestino.blogspot.pt/2013/02/liebster-blog-award-02.html

    Hughie :333

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    1. Ó Kuma, és um querido. Por sorte, o Liebster já passou por cá há umas semanas atrás...

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  11. Os lugares são belos...
    Vocês não param... estão viajando constantemente, ou seja, curtindo a vida...
    É isso aí...
    Abraços

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    1. A vida é mesmo para ser curtida, Ro. É isso que fazemos, a viajar ou em casa.

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  12. Já conheces o RevistaGay Magazine?

    Neste momento já lançamos a edição de Fevereiro que tem na capa dois modelos portugueses (Tiago Perdigão e Fábio Maia). No interior da revista vais encontrar um espectacular ensaio fotográfico do fotografo Paulo Casaca mas vais encontrar ainda muitas mais páginas interessantes.

    Convido-vos já a desfolharem as páginas da revista em http://issuu.com/revistagay/docs/revistagaymag10.

    E já agora, passem ainda pelo nosso blog e facebook, deixem comentários, façam ‘gosto’ e partilhem este projecto com os vossos amigos.

    Blog - http://revistagay.blogs.sapo.pt/
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    Obrigado,
    EML

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